Tem um pregador que o público jovem curte, ele é lá das bandas das
Minas Gerais, já fez suas homílias com camisas de outros heróis, chapolim colorado e
até mesmo fantasiado de super homem dentro da igreja em que serve como pastor. Ele faz isso na maior tranquilidade sem qualquer constrangimento, entendendo que pregar o Evangelho é quebrar paradigmas litúrgicos e dispensar a social indumentária evangélica - para atingir um único objetivo: atrair a atenção, principalmente dos jovens.
Afinal, onde estamos buscando nossos referenciais de pregação ou estilo de vida cristã?
Não usem o argumento: “ele está resgatando muitos jovens do mundo”. Ah
é? Então justifica trazer os “heróis” do mundo para dentro da igreja?
Significa que os fins justificam os meios? Não nos esqueçamos do rei
Uzias que pensou de forma semelhante e foi leproso pelo resto da vida –
só porque quis “contextualizar” e ampliar a função sacerdotal a si mesmo
– o que não era permitido pelo Senhor Deus.
Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; não suporto as suas assembléias solenes (Am 5:21)
Percebe-se uma verdadeira profanação dos locais de culto coletivo em muitas congregações.
Infelizmente vários pastores, líderes e membros locais perderam o temor
a Deus, ignoraram a sã consciência, rejeitaram a noção do que é absurdo
ou impraticável nos âmbitos da igreja cristã. Estranha-me a promoção de
campeonatos de MMA, festas juninas, transmissão de jogos de futebol, baladas para jovens e cinemas com exibição de filmes seculares dentro do templo ou nos limites da propriedade de igrejas, como se tudo isso fosse normal e aceito por Deus. Parece que
voltamos no tempo e chegamos a quase dois séculos antes de Cristo quando
o templo de Jerusalém foi profanado pelos sírios e macedônios – mas,
com uma diferenciação ainda mais repugnante – agora, os profanadores são
os de dentro da própria igreja.
Acabarei com a sua alegria: suas festas anuais, suas luas novas, seus dias de sábado e todas as suas festas fixas (Os 2:11)
Algumas igrejas têm atraído os olhares da mídia secular não
porque estão promovendo algum trabalho de importância social ou
relevância comunitária – mas porque estão apelando ao ridículo e ao
abominável. Aquela argumentação de que Paulo era um missionário
estrategista e se fazia de fraco para ganhar os fracos, de gentio para
ganhar os gentios e de judeu para ganhar os judeus a fim de
evangelizá-los (1 Co 9:19-22) querendo com isso justificar esses
sacrilégios em espaço separado à adoração – não se firma como
interpretação sustentável e menos ainda absolve os "bem intencionados" que
tudo fazem para promover a comunhão da igreja através de suas
programações ímpias na casa do Senhor (deveriam ler o versículo 27 que
encerra o mesmo capítulo citado anteriormente). Definitivamente não
existe fundamento bíblico, justificativa evangelística ou razão cristã
para se armar ringues de lutas marciais dentro dos templos; não há
qualquer cabimento em transmitir jogos de futebol no interior da
casa consagrada a Deus para culto. Ainda tem aqueles que estão
transformando o templo em uma sala de cinema e abandonando a bíblia como livro texto do discipulado ao adotarem filmes de Hollywood como conteúdos de instrução cristã; a que
ponto chegamos?
Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (Mt 15:8)
Parece que precisamos ser uma espécie de “macabeus cristãos”
que venham a agir com as armas do amor, profundidade bíblica e
autoridade dos céus – nos levantando contra essa falta de noção e
ausência de temor; contra “homens sem fé” que montam “emboscadas no
templo” e “maculam a casa de Deus”. Por trás de todos esses
“discursos evangelistícos” e “koinoníacos” subsistem estratégias do mal,
conceitos pós-modernos de que igreja é comunidade, sobretudo e somente
no nível sociológico, influenciada pela cultura que a faz e cerca (e não
pela bíblia), e conduzida pela compreensão do homem em seu tempo (e não
pelo Espírito Santo). Se sua igreja adota esse modus operandi para a
prática evangelística ou reforço fraternal, fale com seu líder, dialogue
com seu pastor e tente em quanto a tempo para salvar os que ainda
restam (Ap 3:2).
E se não houver mudanças, ore e fale com Cristo Jesus –
o cabeça da igreja (Ef 5:23), pois Ele não te deixará confundido sobre o
que você terá que fazer a respeito.
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