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Reflexões acerca do mundo cristão.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

FOI SE A GLÓRIA DA ICM

O Livro de 1 Samuel narra a história do nascimento do neto do sumo sacerdote Eli, cujo nome era Icabô (1Sm 4.21). O significado original deste inusitado nome próprio do A.T condensava naquele momento a real condição de Israel diante de seus opositores – a perda da glória de Israel. Neste episódio bíblico a glória de Israel era representada pela guarda da Arca de Deus que simbolizava a presença de Deus. A arca foi perdida por conta do pecado dos sacerdotes Ofni e Finéias e do sumo sacerdote Eli. A liderança pecou e todo o Israel pagou a conta da vergonha pública e do prejuízo espiritual.

O povo de Israel (ao abandonar a Teocracia Divina) estava dividido e com diferentes vozes de comando para suas ações de tribos desarticuladas. Icabô nasce num momento vergonhoso para sua família e desastroso para seu país. O problema não foi Icabô e seu nascimento. O problema era Icabô como memorial da vergonha, da blasfémia e do escárnio generalizado contra o povo do Senhor.
Se Icabô foi estigmatizado injustamente ou se carregou o peso de derrotas familiares e nacionais pelo resto da vida, não sabemos – o fato é que Icabô tornou-se “uma lembrança ultrajante”.

A história de Icabô numa linguagem figurada infelizmente continua. Deparamo-nos frente a uma lamuriante realidade onde escândalos no meio evangélico (de suas lideranças principalmente), maculam ainda mais a imagem cristã já desgastada e desacreditada pelos “bodes transvestidos de ovelhas”.
São metralhadoras em carros de supostos pastores da Igreja Mundial (Blitz da PM do RJ); acusações (ainda sem provas) de lavagem de dinheiro pela cúpula da Universal; ecumenismo herético entre a direção da CONAMAD e o Moonismo (esse com vídeo no You Tube) e pra piorar a rotura evangelical brasileira, uma das denominações que eu mais admirava – a ICM, agora com graves acusações de crimes praticados por sua direção administrativa – com a bombástica notícia de “desvios dos dízimos da igreja Maranata”.

Sinceramente esse não é o momento para sarcasmos e alfinetadas provocativas. Do tipo: Bem feito maranatas jactanciosos! Maranatas que se achavam melhores que os outros “irmãozinhos”, que criticavam abertamente as outras igrejas por pregarem publicamente sobre dízimos e ofertas; que argumentarem a favor de seus pastores dedicados e não assalariados; que desdenhavam da organização (desorganização) de outras igrejas; por idolatrarem a “obra” i.e a denominação de vocês, como algo quase divino. A casa caiu, e no baixar da poeira é que a coisa fica ainda mais feia!

Pra mim esse é um momento de vergonha, de tristeza e de lamento. Não se trata de mais um escândalo; trata-se da perda de uma importante referência de transparência e de dedicação por amor a Cristo numa denominação até então impoluta como a ICM.
Os maranatas perderam sua arca – a glória de sua organização, a infalibilidade de sua ordem presbiterial. Aos que estão aplaudindo o sucumbir administrativo e infelizmente até o declínio espiritual (para alguns) de uma denominação antes irretocável, não comemorem muito; pois não foram só os maranatas que perderam, foi a igreja evangélica brasileira que perdeu e perdeu muito!

Na verdade a ICM é uma denominação evangélica muito organizada com uma grande maioria de crentes salvos por Jesus – isso é o mais importante; mas para a tristeza do rebanho é que alguns de seus líderes se deixaram envenenar pela raiz de todos os males – o dinheiro!