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Reflexões acerca do mundo cristão.

terça-feira, 27 de abril de 2010

VIRTUDES NECESSÁRIAS PARA SUPORTAR OS OUTROS

INTRODUÇÃO
"Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor" (Ef 4.2).

Paulo no texto acima introduz quatro graças que são elementos essenciais naquela vida "digna", que é apropriada a vida do cristão. Estas quatro graças não esgotam o assunto. Como o restante desta passagem, elas se referem a características que são críticas se a igreja desejar experimentar o amor e a unidade.

HUMILDADE. Na cultura grega, humildade era uma expressão de desprezo aplicada aos que eram inferiores socialmente. No NT a palavra é positiva, representando a avaliação adequada que uma pessoa faz de si mesma em relação a Deus e aos outros. A pessoa humilde vê os outros como pessoas de grande valor porque elas são amadas por Deus e encontra satisfação ao servi-las.

MANSIDÃO. Aqui também tem o sentido de consideração. As palavras derivadas desta raiz sugerem uma qualidade suave, calmante. Em lugar de provocar discórdia, uma pessoa mansa tende a gerar um clima pacífico e harmonioso ao seu redor.

PACIÊNCIA. Ser paciente é ter a capacidade de autocontrole que capacita uma pessoa a continuar amando e perdoando apesar das provocações.

SUPORTANDO. Este termo também é sinônimo de "aguentando" até que a provação termine.

CONCLUSÃO
Basicamente, Paulo nos deu uma explicação clara do amor que ele deseja que os membros da igreja exibam. Se vivermos nestes termos, uns com os outros, aprenderemos o que é o amor, e sentiremos o amor que Cristo tem por cada um de nós.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

LIBERDADE CRISTÃ SEGUNDO O NT

INTRODUÇÃO

Gálatas 5.1 e 5.13 descrevem os cristãos como sendo aqueles que são chamados para a liberdade. Estas passagens nos ajudam a entender melhor a liberdade que devemos reivindicar e aproveitar.

João 8.31-36. Uma pessoa que viva de acordo com as palavras de Jesus chega a “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Aqui, “verdade” é a revelação da realidade dada por Deus, uma revelação que nos capacita a compreender as diversas noções sobre o que é a vida. Os seres humanos não salvos vivem em um mundo de ilusão, nunca sendo capazes de dizer o que é verdadeiramente bom e correto, o que é útil e o que é prejudicial. A pessoa que é guiada pela Palavra de Deus toma boas decisões e evita os perigos que assaltam aqueles que hesitam nas trevas.
Assim, a “liberdade” é a libertação da cegueira e obstinação espiritual que são inerentes na trágica condição da humanidade pecadora. A capacidade que a fé tem de ouvir e responder às palavras de Deus nos capacita a conhecer, por experiência própria, uma realidade que os outros não poderão nunca sequer vislumbrar e muito menos compreender. Esta é a verdadeira liberdade.

Romanos 6.15-23. Paulo desenvolve um tema que Jesus apresentou em João 8.34. “Todo aquele que comete pecado é servo do pecado”. A liberdade é a libertação do domínio que o pecado tem sobre nós – a capacidade de colocar todos os nossos membros à disposição de Deus a serviço da justiça.
Longe de ser independência, a liberdade cristã envolve uma mudança de senhor. Nós somos libertos da dominação do pecado e transferidos para um campo em que a vontade de Deus é soberana. A passagem enfatiza o resultado final do serviço realizado para cada senhor. Aqueles que servem o pecado sentem vergonha e vivenciam a morte. Os que servem à justiça tornam-se santos.

Romanos 8.2-11. Romanos 8 explica como uma pessoa sem capacidade de observar a Lei pode sentir liberdade. A resposta é o Espírito Santo que dá vida e poder aos crentes que se voltam ao seu controle, apesar da mortalidade de cada um deles. Aqui também, liberdade é a capacidade concedida divinamente para fazer o que é certo e bom.

Gálatas 5.1-26. Paulo deixou claro que a Lei não é um meio de salvação, nem um caminho para a realização espiritual. Cristo nos libertou da Lei, concedendo àqueles que crêem a “adoção de filhos”. Mas qual é a natureza desta liberdade? É a liberdade de “servir uns ao outros pela caridade” (5.13). Isto é liberdade: relacionar-se tanto com o Espírito Santo que, ao invés de ter nossas atitudes e ações modeladas pelas motivações de nossa natureza pecaminosa, nós e nosso modo de vida somos transformados por Deus de dentro para fora. Aqui liberdade cristã é a liberdade de viver uma vida tão boa, que a “lei” torna-se completamente irrelevante, pois nada em nosso modo de vida é proibido por lei.

CONCLUSÃO
Claramente, a liberdade cristã não é independência, nem direito de fazer qualquer coisa que desejemos. A liberdade cristã é uma dependência do Espírito, que nos liberta da escravidão do poder do pecado que habita em nós. E o exercício da nossa liberdade consiste em vivermos uma vida disciplinada, fazermos o bem, e sermos bons.

domingo, 25 de abril de 2010

JULGAR OU NÃO JULGAR: O QUE A BÍBLIA DIZ?

INTRODUÇÃO

Em 1 Co 4.5 Paulo instruiu os coríntios dizendo, “nada julgueis antes de tempo”. Contudo na passagem de 1 Co 5.1-13, Paulo é contundentemente crítico em relação à igreja por falhar em julgar um irmão imoral.
Paulo não está sendo incoerente. Um estudo das passagens sobre “julgar” nos ajuda a fazer distinções importantes. Em geral não devemos “julgar” no sentido de condenar os outros. Mas devemos “julgar” no sentido de avaliar.
Ainda mais importante é fazer distinções entre aquilo que os cristãos não devem tentar avaliar, e aquelas áreas nas quais a avaliação é importante.

O QUE NÃO DEVEMOS JULGAR
1. Não temos direito de condenar os outros, mas, antes, devemos perdoar (Mt 7.1,2; Lc 6.37-38).
2. Não devemos julgar a fidelidade do outro crente, em se tratando de seu chamado no Senhor (1 Co 4.3-5).
3. Não devemos nos relacionar com os não-cristãos como se fôssemos seus juízes. Sua moralidade ou imoralidade não é a questão. A única questão é que eles precisam conhecer a Cristo (1 Co 5.12).
4. Não devemos usar condenação ou crítica na tentativa de forçar os outros a se conformarem à nossa consciência (Cl 2.16).
5. Não devemos falar contra, ou “caluniar”, nossos irmãos. Quando o fazemos, exaltamos a nós mesmos como juízes em vez de cumpridores da Lei. Somente Deus, que deu a Lei, pode condenar (Tg 4.11,12).
Em cada uma destas passagens acima, “julgar” tem uma força quase legal. A pessoa que julga põe em dúvida os motivos ou escolhas dos outros, e então os condena. Contudo, cada elemento deste processo é excluído, antes de tudo pelo fato de que meros seres humanos não são competentes para avaliar os motivos dos outros ou as práticas “duvidosas”. Mesmo quando uma ação é claramente errada, nosso papel não é condenar, mas perdoar e procurar restaurar. Atitudes de julgamento e tentativas de punir ou simplesmente condenar, não são apropriadas a comunidade cristã.

O QUE DEVEMOS JULGAR
1. Os seres humanos devem julgar a violação da lei criminal e civil. Deus estabeleceu o governo humano para coibir os que praticam o mal (Rm 13.1-7).
2. Devemos fazer “julgamentos sobre todas as coisas”. Aqui “julgar”, significa exercer discernimento, examinar. Por termos a Palavra e o Espírito Santo podemos enxergar as questões da vida sob a perspectiva de Deus (1 Co 5.12,13).
3. A igreja deve julgar o irmão ou irmã que persistem na prática da imoralidade ou de outro pecado (1 Co 5.12, 13).
4. Os crentes devem servir em grupos de julgamentos estabelecidos para resolver disputas entre cristãos (1 Co 6.2-5).
5. “Julgai vós mesmos” em questões claramente estabelecidas pelas Escrituras, e também com a finalidade de desenvolver convicções baseadas em princípios estabelecidos na Palavra de Deus (1 Co 10.15; 11.13).
A consciência do ensino do NT sobre o julgamento fornece uma base significativa ao abordarmos a questão da disciplina na igreja, e da necessidade que esta disciplina impõe sobre nós quanto a julgar as ações de um irmão ou irmã no Senhor.

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