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Reflexões acerca do mundo cristão.

domingo, 21 de dezembro de 2014

MISERÁVEIS NO NATAL PELA FALTA DE JESUS!

O natal de Jesus Cristo é uma celebração rica e cheia de significados para os que entendem a razão da comemoração. Mesmo que Ele não tenha nascido em 25 de dezembro, a data ocidental, celebra o fato de seu nascimento, relembra a indescritível graça dos céus. Tal riqueza do natal de Jesus é expressa não em poses, presentes, pompas e banquetes; antes, farta de sentido bíblico, realização profética e caracterizada pelo desejo de Deus em oferecer o maior e melhor presente que a humanidade já pôde receber – o seu próprio filho.

Mesmo com todo peso redentor e com tantos sentimentos de boa vontade envolvidos no natal, há os que se fazem pobres pela negligência de observar e viver sob os auspícios do verdadeiro Espírito do Natal (leia-se Espírito Santo). Pessoas que na pobreza da alma carente de Deus e daquela salvação anunciada no natal de Jesus, não admitem o estado crítico de suas vidas e muito menos reconhecem a condição trágica de suas existências. A miséria do ser em meio à fartura do ter é a prova contundente de uma geração afastada de Deus e insensível a sua voz e dádivas disponíveis para resolver essa triste situação.

É miserável no natal todo aquele que alegrado por presentes, acolhido por familiares em banquetes fartos, ignora o sentido dos favores e dons do natal de Jesus. A graça da ocasião retrata o ofertar, contempla os outros e mira no bem comum. O que temos oferecido ao próximo (aqueles que estão fora de nossos círculos) em nossas comemorações natalinas além de darmos presentes aos que gostamos e comes e bebes a quem convidamos? A verdadeira celebração do natal desafia-nos a romper a restrição cultural domiciliar da data, apregoa o sair da pompa e alcançar as "pastagens de Belém" demonstrando aos de fora a maior mensagem de todos os tempos: "nasceu o Salvador que é Cristo o Senhor!"

É carente no natal todo aquele que mesmo em família, não agradece a Deus, não louva ao Senhor pela realização do singular nascimento de Jesus. São pessoas que se dizem esclarecidas, mas nada agradecidas. Celebram o fato nas divisas de um “cristianismo cultural”, impessoal, pouco vertical e nada espiritual. Alegre-se sim com os seus, mostre-os a razão dos presentes e a verdadeira delícia do cardápio celestial – O pão da vida que desceu dos céus! Todos os significados bíblicos e cristãos do natal são muito mais que apenas entendimento, pois envolvem sentimento, participação e envolvimento por parte de quem o celebra.

É pobre no natal todo aquele que no egoísmo de sua experiência de vida, centra o universo em si, converge tudo aos próprios interesses e somatiza resultados apenas no material. Natal é data para também iluminar nossa vida à luz da de Cristo, realinhar nossa caminhada a do sereno Jesus; que um dia, deitado numa manjedoura com expressão de serenidade, trouxe a esperança de volta a todos nós. Miseráveis nos natais e pobríssimos na vida serão todos aqueles que ao se depararem com as escuras noites da jornada não se orientarem pela brilhante Estrela da Manhã; que ao atravessarem as longas jornadas da lida humana não desejarem pela luz e calor do Sol da Justiça.

Que façamos diferente, que sejamos ricos das graças do natal, apregoando suas mensagens de paz e vivendo sob a influência do Espírito de Emanuel – Deus conosco!

Feliz Natal a você e a toda à sua família!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

É PRECISO REPETIR: IGREJA NÃO É CINEMA, ESTÁDIO DE FUTEBOL E NEM RINGUE DE MMA!

Tem um pregador que o público jovem curte, ele é lá das bandas das Minas Gerais, já fez suas homílias com camisas de outros heróis, chapolim colorado e até mesmo fantasiado de super homem dentro da igreja em que serve como pastor. Ele faz isso na maior tranquilidade sem qualquer constrangimento, entendendo que pregar o Evangelho é quebrar paradigmas litúrgicos e dispensar a social indumentária evangélica - para atingir um único objetivo: atrair a atenção, principalmente dos jovens.  

Afinal, onde estamos buscando nossos referenciais de pregação ou estilo de vida cristã? Não usem o argumento: “ele está resgatando muitos jovens do mundo”. Ah é? Então justifica trazer os “heróis” do mundo para dentro da igreja? Significa que os fins justificam os meios? Não nos esqueçamos do rei Uzias que pensou de forma semelhante e foi leproso pelo resto da vida – só porque quis “contextualizar” e ampliar a função sacerdotal a si mesmo – o que não era permitido pelo Senhor Deus.

Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; não suporto as suas assembléias solenes (Am 5:21)

Percebe-se uma verdadeira profanação dos locais de culto coletivo em muitas congregações. Infelizmente vários pastores, líderes e membros locais perderam o temor a Deus, ignoraram a sã consciência, rejeitaram a noção do que é absurdo ou impraticável nos âmbitos da igreja cristã. Estranha-me a promoção de campeonatos de MMA, festas juninas, transmissão de jogos de futebol, baladas para jovens e cinemas com exibição de filmes seculares dentro do templo ou nos limites da propriedade de igrejas, como se tudo isso fosse normal e aceito por Deus. Parece que voltamos no tempo e chegamos a quase dois séculos antes de Cristo quando o templo de Jerusalém foi profanado pelos sírios e macedônios – mas, com uma diferenciação ainda mais repugnante – agora, os profanadores são os de dentro da própria igreja. 

Acabarei com a sua alegria: suas festas anuais, suas luas novas, seus dias de sábado e todas as suas festas fixas (Os 2:11)

Algumas igrejas têm atraído os olhares da mídia secular não porque estão promovendo algum trabalho de importância social ou relevância comunitária – mas porque estão apelando ao ridículo e ao abominável. Aquela argumentação de que Paulo era um missionário estrategista e se fazia de fraco para ganhar os fracos, de gentio para ganhar os gentios e de judeu para ganhar os judeus a fim de evangelizá-los (1 Co 9:19-22) querendo com isso justificar esses sacrilégios em espaço separado à adoração – não se firma como interpretação sustentável e menos ainda absolve os "bem intencionados" que tudo fazem para promover a comunhão da igreja através de suas programações ímpias na casa do Senhor (deveriam ler o versículo 27 que encerra o mesmo capítulo citado anteriormente). Definitivamente não existe fundamento bíblico, justificativa evangelística ou razão cristã para se armar ringues de lutas marciais dentro dos templos; não há qualquer cabimento em transmitir jogos de futebol no interior da casa consagrada a Deus para culto. Ainda tem aqueles que estão transformando o templo em uma sala de cinema e abandonando a bíblia como livro texto do discipulado ao adotarem filmes de Hollywood como conteúdos de instrução cristã; a que ponto chegamos?

Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (Mt 15:8)

Parece que precisamos ser uma espécie de “macabeus cristãos” que venham a agir com as armas do amor, profundidade bíblica e autoridade dos céus – nos levantando contra essa falta de noção e ausência de temor; contra “homens sem fé” que montam “emboscadas no templo” e “maculam a casa de Deus”. Por trás de todos esses “discursos evangelistícos” e “koinoníacos” subsistem estratégias do mal, conceitos pós-modernos de que igreja é comunidade, sobretudo e somente no nível sociológico, influenciada pela cultura que a faz e cerca (e não pela bíblia), e conduzida pela compreensão do homem em seu tempo (e não pelo Espírito Santo). Se sua igreja adota esse modus operandi para a prática evangelística ou reforço fraternal, fale com seu líder, dialogue com seu pastor e tente em quanto a tempo para salvar os que ainda restam (Ap 3:2). 

E se não houver mudanças, ore e fale com Cristo Jesus – o cabeça da igreja (Ef 5:23), pois Ele não te deixará confundido sobre o que você terá que fazer a respeito.

SERVIR OU MANTER O DISCURSO DE AMAR?

Servir é uma das mais nobres missões cristãs (Mc 10:44), como entregar-se pela salvação dos outros, um dos ensinos mais pessoais de Jesus (Jo 10:11; 15:13). Infelizmente o que temos visto é uma desconstrução do perfil essencial de discípulo do Grande Mestre – através de crentes que não servem a ninguém, senão a eles próprios, sem qualquer humildade e ainda ressaltados por atitudes impositivas. Gente que mesmo na igreja, a postura revela o caráter egocêntrico de quem não está acostumado a servir, a ceder à vez, a pedir desculpas, a dar preferência, a ser gentil, a perdoar, a suportar e até a carregar as cargas de quem precisa – tudo isso é bíblico, mas quase nada é praticado; mas por quê? Porque não querem servir aos outros e nem seguir o padrão estabelecido por Cristo (Mt 20:28).

Se servir já nos é difícil, quanto mais humilhar-se diante do próximo.

Na verdade, nestes dias de evangelhos genéricos com suas proclamações de “super crentes”, de “prosperidades sem fim”, de “subjugadores de potestades” e de “príncipes e princesas”; nos inquieta o ensino de humilhar-se – desequilibra-nos em nossa “teologia de superioridade” aquela recomendação de oferecer o outro lado da face já atingida (Mt 5:39). As instruções que aplaudimos não têm nada a ver com fazer-se de servo para cumprir o verdadeiro Evangelho; na realidade, o que mais nos apetece são os tipos de “evangelhos” que classificam senhores, organizam cabeças, ordenam maiorais, revestem ungidos, estabelecem líderes, elevam astros e fazem brilhar estrelas – tais “boas novas” com tantos “TOPs e UPs” só não geram servos, é claro (Mt 23:11). 

Não generalizando, mas a atual postura supostamente cristã de não querer servir não é por um simples efeito de natureza cultural ou social da pós-modernidade – sobretudo é um problema de centralidade. Significa que enquanto formos egocêntricos jamais nossa vida será Cristocêntrica. Enquanto não tivermos Cristo como nossa razão de viver, tudo continuará girando em torno de nós mesmos (2 Tm 3:2) – nem que para isso tenhamos que escutar um “evangelho” cuja eisegese nos seja conveniente. A maioria de nós está há tanto tempo sem servir aos outros que quando o faz até estranha (leiam-se esses “outros” como aqueles que estão fora ou nas periferias de nossos círculos de amizades e fraternidade). A atitude de oferecer auxílio não era para ser uma exceção ou provocar alteração positiva de humor – deveria ser habitual e fazer parte de nossa convivência diária, sem distinções ou excepcionalidades.

As oportunidades de servir não estão somente em programas assistenciais como o dos Médicos sem Fronteiras, nas doações do Programa Criança Esperança ou naqueles carnês de contribuições missionárias que circulam nas igrejas. A prática do servir carece mostrar-se além das carteiras e das respostas financeiras; precisa ter rostos, nomes, sorrisos, lágrimas e abraços – precisa ser você in loco – e o melhor lugar pra começar a fazer isso é na rua, no ônibus, no trabalho, na escola e em qualquer local em que estivermos deveremos ser servos de Deus e do próximo!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

CRENTES QUE PRECISAM SE ARREPENDER!

Não precisa ser profeta pra pregar arrependimento a maioria de nós crentes que estamos dentro de nossas comunidades locais – até parece uma incoerência, mas não é; é só olhar para a composição de nossas reuniões: de gente que canta e prega uma coisa e vive outra – as pessoas vão a igreja, mas não são a igreja de Jesus!E também ao avaliarmos a nós mesmos com franqueza e sinceramente lidaremos com realidade que não queremos enxergar – estamos muito afastados do Evangelho de Cristo com a vida “cretina” e pouco crente que muitos de nós temos levado.
Nós, os evangélicos temos sido mencionados nas rodas de amigos, na opinião popular e nas mídias da nação mais por conta de nossos escândalos do que por nosso bom testemunho.Temos atraído a atenção mais por conta de nossos pecados do que por nossas virtudes. Falamos de vida nova com Deus, mas vivemos iguais aos demais de fora da igreja – nos enganamos com uma vida cristã de vantagens, de colocar os outros para trás – pois é a isso que se resumiu as pregações de muitos – quando na verdade estamos comprometendo a identidade de portadores do Evangelho pleno e de transformações radicais. Do ponto de vista moral muitos de nossos jovens fornicam antes do casamento. Do ponto de vista social o índice de divórcios na igreja evangélica é tão elevado quanto aos que não a frequentam e que nunca buscaram entender o conceito bíblico de casamento e de família. Do ponto de vista ético vários pastores se venderam por cargos políticos ou funções comissionadas; no âmbito orgânico, igrejas se tornaram empresas, púlpitos em bancas de vendas, pregadores em atores e cantores em estrelas – esse não é o corpo de Cristo! Em nossa arrogância religiosa arrotamos “santidade” e nos orgulhamos de possuirmos o “poder de Deus” para pisarmos o demônio, mas vivemos sob uma onda de descrédito crescente causada por uma vida nada condizente com o que se prega!
Há uma grande necessidade de arrependimento entre os da igreja evangélica brasileira; pois só o perdão e a misericórdia Divinas poderão mudar a nossa sorte nesse país de desatinos com pseudos “paladinos de uma verdade” que não convence mais a ninguém. Infelizmente, há entre nós os que se tornaram blasfemos, de linguagem torpe, com corpos tatuados de figuras sincretistas; outros bem vestidos, mas com o interior apodrecido pela hipocrisia; nossa fé passou a ser heterodoxa e firmada no achismo de livres pensadores que não têm mais as Escrituras como fundamento de fé e prática; nosso “evangelho” resumiu-se na filosofia de vida de cada um – que igreja desfigurada! Há adultérios, mentiras, trapaças, maus pagadores, maldizentes, criadores de confusão, maus empregados, sonegadores, hipócritas e tantos outros desvios que sempre coexistiram com o remanescente de Deus; mas o Senhor nos dá uma grande oportunidade de nos conscientizarmos pela igreja deste país que está enferma em seu corpo, desfigurada em seu semblante e com vestes manchadas por suas transgressões por conta de seus membros nada transformados.
A verdade cristã não é uma declaração verbal ou uma sistemática doutrinal apenas, sobretudo é uma realidade personificada no próprio Cristo. Portanto, se temos uma interpretação, mas não vivemos na ação prática dessa verdade libertadora, continuamos cativos de um sistema que agrada aos homens e desagrada à Deus. É tempo de desejar pela presença do Senhor, de romper com o mundanismo e com tudo aquilo que busca manchar as vestes brancas que os santos do Senhor trajam; é tempo de tomar partido pela justiça, de arvorar a bandeira da verdade que não se negocia; é momento de denunciar as maracutaias nas campais evangélicas; é ocasião de ser crente, salvo e transformado pelo poder do Evangelho – é hora de julgar menos os outros e tratar de nossos próprios pecados e falhas – em suma: é tempo de voltar-se para Deus!
Se começarmos a orar por nós e por aqueles que conhecemos – sem julgá-los; lermos a palavra de Deus e a praticarmos é muito possível que o Deus misericordioso nos visitará com um reavivamento espiritual que sacudirá nossa nação inteira; e daí vão conhecer a verdadeira igreja evangélica!

sábado, 23 de agosto de 2014

O OUTRO LADO DO MUNDANISMO: CRISTÃOS COM ROUPAS DECENTES E VIDAS INDECENTES!

Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. 1 João 2:16
Mundano era um termo que as igrejas pentecostais aplicavam aos crentes que não cumpriam a “sã doutrina”. A “doutrina” dentro daquele quadrante religioso, na maioria das vezes era um conjunto de usos e costumes que deveriam ser observados pelos membros locais, como doutrina – e sabemos que costumes locais por melhores e mais virtuosos que sejam, não podem ser colocados como doutrinas bíblicas universais. Muitas injustiças sem qualquer base foram cometidas colocando para fora daquelas comunidades gente crente pra valer, que tinha “tropeçado” num cabelo cortado, numa saia rachada, num aparelho de rádio, de TV ou quem sabe, num banho de praia. Um grupo cristão que não permite a seus aderentes viverem, se socializarem e se informarem de modo sadio e equilibrado é tudo menos cristianismo; é um fundamentalismo sem fundos, sem base e sem sentido evangélico e humano.
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou. João 17:14
Outrossim, a bíblia é realmente contra o mundanismo e faz afirmações a respeito (Jo 15:19; 1 Jo 2:15) . As Escrituras revelam que mundanismo é o modo de viver do mundo sem Cristo e em oposição à vontade de Deus. É um sistema de valores de qualquer cultura que faz com que o pecado se torne normal e aceitável e o que é correto e decente pareça estranho e detestável. Deste modo a definição torna-se ampla e abrangente e acaba por envolver comportamentos, práticas e padrões que sintetizam esse antagonismo à Deus e sua revelação a raça humana. Analisando a base bíblica e teológica sobre mundanismo, percebo que a compreensão do assunto pela maioria de nós, ainda é por demais tendenciosa e exteriorizada.Tendenciosa por que ao pensarmos em mundanismo, construímos nossa avaliação sobre o padrão doutrinário que herdamos, e se estas normas forem heranças baseadas em costumes e bulas de comportamentos locais, ligaremos o conceito ao que as pessoas falam, vestem e veem (não quero dizer que tal prisma da avaliação esteja errado, o que digo é que não retrata a questão com a amplitude e enfoque necessários). Bem, se geralmente analisamos mundanismo por meio de tendências da moda, gírias do momento e comportamentos da hora do homem moderno,fatalmente cairemos no segundo erro desta abordagem: daremos ao mundanismo um sentido muito exterior à vida das pessoas.
Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. Mateus 15:19

É verdade que ser mundano é viver impiamente, é também vestir-se escandalosamente, falar torpezas, defender injustiças, imoralidades e sobretudo descumprir as Escrituras sem qualquer temor. Não obstante à colocação, precisamos salientar que a influência do mundanismo na vida de um crente estará totalmente ligada ao domínio do seu próprio “eu”. E quando interiorizamos a discussão do conceito em sua amplitude bíblica, chegaremos a inevitável batalha do espírito contra a carne (Gl 5:17); e tanto é verdade que o próprio Cristo assimilou o mundanismo notado na vida e atitudes dos homens a partir do momento em que determinou o interior do ser humano como o ponto de origem para toda a impiedade manifesta – o coração (quando a bíblia fala de coração, dando ao termo um sentido de sede da alma ou centro das emoções a linguagem é figurada). Não defendo a coexistência do bem (Deus) e do mal (Satanás) como um dualismo necessário a prática e equilíbrio moral do livre arbítrio humano; mas, no campo de nossas experiências terrenas temos uma bipolaridade intrínseca à nossa própria natureza: espírito e carne. Precisamos permitir ao espírito que o ponto extremo de polaridade carnal seja controlado afim de vencermos o mundanismo residente na natureza resistente do velho homem (Ef 4:22).

Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Mateus 23:27
A questão é que a exibição do mundanismo não é só roupa curta, sensualidade, gírias, prostituição. Há mulheres cristãs com saias que tocam o chão e homens cristãos que se vestem com terno e gravata que são tão mundanos quanto qualquer libertino praiano com pouca roupa. O mundanismo é sutil, sorrateiro e sobrevive nos recônditos de nossa natureza. Somos mundanos quando vivemos com as mesmas aspirações e comportamentos do homem sem Deus, quando pagamos o mal com o mal, quando mentimos em benefício próprio, quando desejamos a mulher do próximo, quando invejamos o sucesso alheio, quando tentamos subornar o guarda de trânsito, quando furamos filas, quando enxertamos mentiras em currículos, quando participamos de negócios escusos, quando recebemos propinas, quando apresentamos atestados falsos em nosso trabalho, quando mentimos para nossos cônjuges para acobertar nossas derrapadas, quando não honramos nossos compromissos na praça (e o que tem de crente com o nome sujo é uma vergonha).
Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. Tiago 4:4
Quem quiser viver uma vida diferente do mundo, encontrará problemas com o sistema mundano, foi Jesus que nos alertou sobre isso (Jo 15:18-19). A única maneira de opor-se ao modo de vida mundano é viver a autêntica vida cristã, permitindo ao Espírito Santo que desenvolva em nós a salvação em seu aspecto presente e progressivo de santificação (Jo 17:17; Hb 12:14). Uma outra arma contra o mundanismo é a fé (1 Jo 5:4); e para darmos apoio à essa consciência moral e vida justa para cumprir a vontade de Deus e ter comunhão com Ele, precisaremos renunciar a nós mesmos (Mt 16:24). E aí chegamos ao ponto em que a maioria dos cristãos desta nação tem dificuldade de por em prática, pois estão sendo doutrinados acerca de um deus atendente das vontades mais ímpias, mundanas e perversas deste tempo. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e fortaleça nossas vidas em Cristo Jesus!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O QUE É VIVER DE ACORDO COM O EVANGELHO DE JESUS?

Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho (Gl 1:6-7a).

O Evangelho não é o que eu acho, mas o que Jesus viveu e ensinou. Não é o que eu desejo, mas é o que eu preciso. Não se conforma muito com as minhas vontades, mas confronta por vezes minhas preferências. Não ignora minha inteligência, mas revela-me o sublime caminho da obediência. Não se preocupa em considerar minhas razões e lógicas, mas a desenvolver minha fé e esperança. Evangelho é o oposto do que penso; é loucura frente à minha ciência. É em muitos casos, totalmente sem explicação aos meus direitos; é dar a face ao agressor mesmo quando estou certo. Parece inconsequente ao ensinar-me a estar contente e grato apenas com o que tenho hoje. O evangelho de Jesus nos encarrega uma grande missão, o que infelizmente tem-se notado como grande omissão. Essas novas de salvação para todo o povo não tem no homem o centro de sua glória – pois essa pertence exclusivamente ao Cristo Redentor.

Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus (1 Co 1:18).

Viver o evangelho é às vezes como compor uma poesia; é como soltar gargalhadas de extenuante alegria; é como levar água ao sedento e em terras áridas regar os rebentos. Entender o evangelho é viver em Cristo e na essência de seu amor. Mas, cumpri-lo é também passar por sofrimentos, é carregar uma cruz, é perdoar algozes, é passar por reveses, é enfrentar cães ferozes e estar no meio de condenados infelizes. Na verdade, o evangelho de Jesus Cristo não me oferece quase nada desta terra. Não me impõe a ser rico de posses, a ser famoso pelo sucesso e a ser importante pelo dinheiro. Não é uma poção poderosa para gerar super crentes ou determinismo aos que tentam colocar Deus contra a parede (como se isso fosse possível). Antes, oferece-me o servir como curso intensivo de seu discipulado e propõe-me a renúncia como disciplina rígida de sua “teologia” prática.

Qual é, pois, a minha recompensa? Apenas esta: que, pregando o evangelho, eu o apresente gratuitamente, não usando, assim, dos meus direitos ao pregá-lo (1 Co 9:18).

O evangelho de Jesus não tem nada de política, não discute moda e nem defende teologismos; não argumenta em favor do desigrejismo ou menos ainda apóia o denominalismo, antes descortina-nos a gloriosa revelação do que é ser igreja, corpo de Cristo na prática diária. Não é extremista em fundamentalismos, nem é liberal em conveniências. Trapaças, interesses, armações e esquemas não fazem parte do perfil de seus reais representantes. No campo da experiência com Deus, do novo nascimento e da autêntica vida cristã, não é o “gospel” que conhecemos atualmente, é aquele sentido e postura do amor de antigamente; daquele primeiro lembra-se? Para os perdidos o evangelho são boas novas, mas para os que se acham santos traz problemas e rechaça em reprimendas. Este evangelho não faz rodeios; não ameniza situações; não se expressa em emoções e nem apóia todas as nossas criações. É um enunciado nada ativista e totalmente pacifista; é uma mensagem carregada de amor, promotora do livre arbítrio e prenunciadora das conseqüências de nossas escolhas.

Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus (2 Ts 1:8).

Ser seguidor dos exemplos e dos ensinos de Jesus, não é uma questão de cabeça, mas de corpo, alma e espírito. Seus mandamentos não são complexos ao entendimento, mas claros à assimilação e objetivos à prática – você não precisa compreendê-lo racionalmente, mas pode experimentá-lo radicalmente – pois é o poder de Deus para todo aquele que crê. Este evangelho (o de Jesus) deve ser levado a todos, mas não é para todos – apenas para os creem. Sua pregação não condena o homem, mas o deixará inescusável diante de Deus. Não é um entre muitos caminhos para a iluminação, pois apresenta somente dois caminhos (estreito e largo), duas expressões (verdade e mentira), dois grupos (salvos e perdidos), dois senhores (Deus e Mamom), dois reinos (Deus e Satanás), dois contrastes (luz e trevas), duas posições (direita e esquerda), dois destinos (céu e inferno) e um único e suficiente salvador: Jesus Cristo!

Meu Deus! É por tudo isso, que considero o quão distante estamos do verdadeiro evangelho!

terça-feira, 8 de abril de 2014

CONFRONTAÇÃO: É ABRIL É COMO VAI SUA VIDA EM 2014?

O ano de 2014 está avançando e analisando bem, parece que muitas coisas que firmamos no início do mesmo não vão se cumprir, simplesmente porque não estamos fazendo nada pelo sucesso do proposto. Vamos refletir.
Como está sua vida? Talvez diferente de tudo aquilo que você sonhou, muito distante de seus planos e quão disforme de suas maiores e vibrantes expectativas. Tal realidade tem incomodado sua alma e frustrado suas afirmações de superação e conquistas. Suas aspirações foram dizimadas por rotinas que esfacelaram sua fé; tantos embates perdidos acabaram por consumir suas reservas de ânimo e fragmentar sua capacidade de reação. Pois bem, independente de suas tristes experiências este texto foi composto pensando em ajudá-lo. É possível que em meio às lutas ininterruptas você deixou (ou está deixando) escapar virtudes e companhias significantes para a contínua carreira de sua vida.
“Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará” (Salmos 121.1-3).


Pode ser que a essa altura da jornada seu legado seja o de uma existência marcada por sofrimentos, de horizontes acinzentados pela falta de graça e pela marcante ausência de realizações que valeram à pena. A intensidade dessas agruras e dissabores conotou sua experiência de vida como a de uma extensa noite gélida carregada de densa escuridão, e como se não bastasse, o amanhecer que a distância lhe reserva está carregado de incertezas e medo. O Evangelho que antes te trazia paz hoje afugenta seu sôssego(e isso não é uma incoerência é uma confrontação), pois passou a condenar e a denunciar esse estilo de vida que você está levando. Mesmo na igreja você se sente desviado de Cristo, mesmo nas fileiras da fé cristã seu comportamento oculto (aqueles atos que ninguém da comunidade sabe) é pior que o de muitos ímpios e ateus. Você sabe que não pode continuar assim, mas está inseguro frente ao peso da decisão que precisa tomar. Pergunto-te: e agora crente?

“Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” (Provérbios 28.13).
É possível que para muitos que lerem esta mensagem, não lhes bastará apenas iniciar mais um projeto ou avançar em outra direção. Será necessário voltar atrás outra vez (Apocalipse 2.5), porque com o tempo muita coisa se desajustou, princípios foram perdidos, compromissos com Deus e com pessoas que você ama foram descumpridos. Recomeçar será necessário para que seja possível recompor a base original de sua fé e aliança com Deus e com gente importante em sua vida. Lembre-se de Elias no monte Carmelo reparando o altar de Israel que estava quebrado (1 Reis 18.30-39); esse talvez seja o retrato de sua vida atual, mas também com a mesma possibilidade de receber ajuda do alto. Recomeçar é voltar na formação primária de seus ideais; é recobrar a memória dos ingredientes reais dos seus valores, sentimentos e esperanças; sim, aqueles que você já tinha se esquecido e abandonado.
“Torno a trazer isso à mente, portanto tenho esperança. A benignidade do Senhor jamais acaba as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lamentações 3.21-23).
Reúna os cacos de seus sonhos, agora eles são pequenas partes desarticuladas que até parecem peças de um quebra-cabeça – não se preocupe: Deus é especialista em restaurações, montagens e remodelamentos complicados (Jeremias 18.1-6). Respire fundo, reúna forças (se for preciso, peça ajuda ao Espírito Santo – Ele nos ajuda em nossas fraquezas – Romanos 8.26) e avance para além de um desejo de mudança, chegue ao plano da vontade e supere esses limites; consolide sua motivação em atitudes dirigidas em fazer o que é certo e segundo a vontade de Deus para sua vida. Peça perdão a quem for preciso; confesse erros a quem carece tomar conhecimento sobre eles; renegocie dívidas ignoradas com quem de direito – cumpra com sua palavra; libere sua anistia sobre a vida dos outros; faça uma declaração e mais que isso, dê amor a quem tanto te ama; se humilhe diante de Deus e dos homens se for requerido; desfaça negócios escusos; liberte as pessoas que estão debaixo de suas mágoas; se perdoe – e sinta um pulsar de perspectivas novas afinal, Deus está te dando mais uma nova chance para receber misericórdia e obter perdão!
Renovação, transformação, restauração, cura, libertação e tantas outras vitórias o Senhor deseja lhe dar!
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas…” (Hebreus 4:15).
Palavra dirigida:
Aos jovens (1 João 2.14): Sua juventude é a fase mais formidável para servir a Deus com seus talentos, tempo e oportunidades, mas você tem aniquilado o lado espiritual de sua vida por uma gana material insaciável (Mt 6.33). Sua “espiritualidade” tornou-se numa fachada litúrgica de domingo à noite; você tem lido muita coisa ao longo da semana, menos a bíblia; tem se comunicado com tanta gente, mas quase não fala com Deus. E quantos de vocês têm olhado apenas para a encantadora aparência juvenil de pares românticos, que os tem enveredado em licenciosidades e vos acorrentado em fornicações? As tentações existem, mas não são maiores que nossa capacidade de resisti-las (1 Coríntios 10.13); você sucumbirá aos desejos da juventude se permitir o predomínio de sua própria concupiscência (Tiago 1.14-15). Saiba que ao resistir as tentações você cresce em graça diante de Deus e haverá uma recompensa exclusiva para sua vida (Tiago 1.12).
Aos casais (Efésios 5.22-33): Vosso casamento deveria ser uma aliança de bênçãos, mas tem sido uma praça de guerra e um palco de incompreensões. Sob o mesmo teto vocês estão divididos e ostentando a aparente composição de um lar cristão, mas a discórdia, o desrespeito e provocações envenenadas imperam. A benção precisa ser evidente dentro de sua casa pra vocês voltarem a ser felizes. Lembre-se que na maioria das vezes quando ocorrem desentendimentos entre casais o rebater e o retrucar com palavras não resolvem; será preciso orar e esperar em silêncio pela salvação do Senhor. Sejam prudentes quanto às setas e bandejas do adversário, e vigilantes frente aquelas “oportunidades” que surgem quando vocês brigam e aparecem os “amigos” e “amigas” para oferecer “consolo e ombro amigo”; há uma artimanha nesses carinhos e segundas intenções carnais, impulsionadas por um plano maligno para destruir o vosso matrimônio! Conte seus problemas conjugais para pessoas de sua extrema confiança e mais experientes que você, e sobretudo servos de Deus.
Aos líderes (Tito 1.5-9): Seu ministério tem que ser exemplar, mas pode ser que você o tenha comprometido com segundas intenções, ou o tem colocado como secundário em suas prioridades. Deixe de se preocupar apenas com a adesão quantitativa das pessoas que aderem ao que você prega. Não é a expressão numérica ou estrutural de um templo que realçam seu valor e importância no Reino de Deus, se assim o fosse o que restaria a pequena igreja de Esmirna (Apocalipse 2.8-11). Fale a verdade para seu grupo ou congregação; evite exageros e extremos infundados; ore ao Senhor, estude a bíblia, jejue por sua igreja; não seja ignorante quanto ao preparo teológico; esteja na dianteira do programa missionário local se você é o pastor ou dirigente; reorganize aquelas visitas de evangelismo; dê oportunidade às pessoas para trabalharem junto com você; ouça mais os outros; esvazie-se desse autoritarismo estúpido para se encher da autoridade bíblica de ministro de Deus; entenda que a igreja de Cristo não é a sua denominação; aceite que você não é o dono da razão cristã e que outras igrejas evangélicas também pregam a verdade e finalmente, combata esses modismos que têm trazido confusão aos de fora da igreja.
Desejo sinceramente que o Espírito Santo por meio destas palavras possa levar alento, fé e esperança ao seu coração. Deus nos confronta para que enxerquemos nossa realidade e busquemos o Seu conforto. Ele nos desperta para nos voltarmos às suas promessas. Reanime-se para uma nova oportunidade de transformação em sua vida. Acentuo que Deus não desistiu de você e Jesus te ama tanto que deu a vida dEle em troca da sua!

segunda-feira, 24 de março de 2014

JEAN WYLLYS, O DEPUTADO DO ATIVISMO GAY, DA PROSTITUIÇÃO E DA MACONHA!

As últimas ações do Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) tem dado o que falar. Afinal o parlamentar do ativismo gay, parece só defender ou propor projetos polêmicos como por exemplo o projeto de lei n° 4.211/2012, conhecido como Lei Gabriela Leite. A proposta do projeto de Wyllys classifica como profissional do sexo toda pessoa maior de 18 anos que presta serviços sexuais mediante remuneração. A proposta estabelece que esse serviço é passível de cobrança de pagamento, mas proíbe a exploração sexual, que seria a apropriação de mais de 50% do valor auferido com o serviço sexual. Pela proposta, a prostituta poderia trabalhar como autônoma, coletivamente em cooperativas ou em casas de prostituição — que passariam a ser permitidas. O projeto também concede às prostitutas direito de aposentadoria especial aos 25 anosPercebe-se mais um descambo aos privilégios mais uma vez proposto pelo mesmo deputado, pois a maioria das brasileiras terão de contribuir no mínimo 30 anos e os homens com pelo menos 35 anos para terem direito a uma módica aposentadoria; e Wyllys quer favorecer a vida dos “profissionais do sexo”, alegando defesa e direitos aos moralmente marginalizados pela sociedade?
O citado deputado também forçou a barra quando afirmou que o jovem Kaique Augusto dos Santos de 17 anos, encontrado morto embaixo do viaduto Nove de Julho, em São Paulo, tinha sido assassinado por ser homossexual. Wyllys atuando no papel de investigador policial, elucidou precipitadamente o caso antes das conclusões periciais – ele quis caracterizar a fatalidade como crime com requintes brutais de homofobia. Firmando-se no que pensou ser um forte elemento para massificar o discurso para a defesa dos direitos gays, passou a encenar-se como um típico juiz da contra-opinião; bateu seu martelo púrpura e apontou o dedo para a presidenta Dilma, além de metralhar com sua apologia pró-gay os “religiosos fundamentalistas” como co-participantes comportamentais do “assassinato” do adolescente, e disparou: “Como eu já escrevi tempo atrás, em ocasião de outros assassinatos como este, em cada caso aparece, como pano de fundo, o discurso de ódio alimentado por igrejas caça-níquel e pela bancada fundamentalista no Congresso federal“, que em 2013 ganhou de cínico presente, com o apoio da bancada governista, a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados”.
O que Jean Wyllys não contava é que na verdade Kaique não fora assassinado (como ele havia vociferado), e sim se suicidado como apuraram as investigações policiais e o testemunho da própria família do moço sobre o infeliz fato. Engraçado é que depois da calúnia deflagrada contra a representação evangélica na câmara, ficaram em silêncio os encolerizados da extrema política gayzista. Penso que difamação, falso testemunho e incitação pública contra qualquer pessoa ou segmento social, político e religioso, são delitos que as autoridades deveriam apurar a fim de coibir junto a qualquer ativismo que na azáfama de defenderem seus interesses são capazes de prejudicar maiores parcelas da sociedade sem o menor cabimento e constrangimento – exemplo clássico figurado pelo deputado do PSOL que falou o que não devia e depois teve que ficar calado. Se o deputado em questão tiver vergonha, essa o deve ter feito considerar que esse ativismo famigerado que classifica quase tudo como “atos de homofobia”, precisa urgentemente de travas para a língua!
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou na última quarta-feira (19/03), o projeto de lei 7270/14 que se aprovado autoriza a produção e venda de maconha no país. Será que Jean Wyllys e seus assessores de esquerda ficam em suas casas e gabinetes pensando – o que vamos fazer para destruir as famílias do Brasil? Pois parece que é isso que fazem, oras! Esse sujeito tem contrariado o próprio movimento que tenta representar, pois boa parte dos gays que conheci além de serem coerentes naquilo que falavam dos outros, eram contra o uso de drogas – inclusive da maconha. Fico a pensar se não fosse o tal “fundamentalismo religioso” assentado sobre a maioria das cadeiras da casa de leis nacional, o que seria de nós e de nossos filhos, se dependêssemos de inconsequentes parlamentares que no exercício de seus mandatos infelizes e improdutivos querem incentivar a futura geração à consumir alucinógenos naturais que por fim os conduzirão a dependência de destrutivos entorpecentes químicos.
Para justificar a loucura de legalizar a maconha no país, em entrevista a Rolling Stone Brasil, Jean Wyllys declarou: “As bases do projeto serão as experiências de Portugal e Espanha. Na Espanha, a maconha é comercializada em clubes específicos para essa finalidade e as pessoas precisam se associar. Uma vez feito isso, podem usar lá mesmo ou levar uma quantidade para casa. O Estado controla a qualidade e a quantidade do tudo que é plantado. Com isso se controla o tráfico”. Quer dizer que toda a legalização é para entreter os usuários e restringir o tráfico? E os nossos adolescentes e jovens, quem vai controlá-los no futuro quando alucinados saírem as ruas atropelando gente inocente e lúcida e matando pessoas que nada tem a ver com esse vício legalizado? O governo do Uruguai fez isso no fim do ano passado seguindo o exemplo europeu (que Jean também quer que adotemos) e daqui a pouco tempo teremos noticias sobre os efeitos dessa infeliz decisão do governo platino. Em contrapartida, o presidente da JIFE – Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes – que é órgão da ONU, Raymond Yans, se mostrou extremamente crítico com a lei que legalizou a maconha no Uruguai, e ressaltou: “Esperamos que as altas autoridades do Uruguai entendam que isto é um erro, que não é o caminho correto para tratar de assuntos relacionados ao controle de drogas”. Se para a ONU a maconha não trará nada de bom para o Uruguai, porque Jean que vive citando tratados da organização não considera o posicionamento do presidente da JIFE?
No Brasil, o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), já apresentou o Projeto de Lei 7663/2010 que se opõe a tudo o que o ex-BBB deseja. O projeto de Terra trata da intensificação das penalidades para traficantes de drogas e deixa em aberto qual a quantidade limite que separa o criminoso do usuário, enrijecendo o combate a venda da maconha e outros. Wyllys classificou a elaboração de lei proposta por Osmar como “projeto pavoroso”. Pavoroso é o senhor Jean que parece tresloucado ao ofender a democracia quando defendeu privilégios inconstitucionais à minorias num sistema de maioria; que se pronunciou como investigador, delegado, promotor e juiz e no fim sentenciou a bancada evangélica como co-participante de um crime que nunca existiu (e nem teve a dignidade de de vir a público de se retratar). E pra piorar, como sandice maior de um deputado antipático, extremista e sem muitos eleitores, agora vem com essa inútil proposta de legalizar maconha no Brasil. Será que Jean Wyllys não tem nada de mais útil a nos propor, ao invés de se ocupar só com polêmicas que ressaltam o típico comportamento de esquerda?

terça-feira, 18 de março de 2014

MILAGRES DE DEUS EM NÓS E POR MEIO DE NÓS!

Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis (João 4:48).

A definição teológica para o termo milagre obviamente lança luz sobre esse fato fenomenal e sobrenatural, identificando sua procedência, notando seus meios, como também percebendo a direta intervenção divina sobre a vida das pessoas em situações difíceis e ocasiões específicas (observa-se na ocorrência dos verdadeiros milagres alguns elementos ingredientes como graça, misericórdia, propósitos e glorificação de Deus). Mesmo existindo uma “teologia de milagres” ela não se propõe a explicá-los – e nem os poderia. Por mais bíblica que seja nossa sistematização doutrinal, ela nunca abandonará a racionalidade, e como um milagre genuíno vai contra todas as razões humanas, lógicas, leis e ciências – por aferição, um milagre será sempre inexplicável, enquanto pela fé sempre possível. Ficamos inseguros frente à proposta para uma vida sobrenatural que nos lançará em ações e situações ilógicas à nossa compreensão. Como não podemos prever, explicar ou definir (ou seja, estarmos no controle) descartamos a possibilidade do impossível, atemporal e desafiador a ordem e à natureza das coisas.

E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas (1 Coríntios 12:28)

Quantos de nós pregamos e ensinamos sobre milagres em sermões e estudos bem estruturados, mas não os vemos acontecendo nas vidas arruinadas de nossos ouvintes; quantos deles foram ou estão sendo destruídos por doenças, possessões, vícios e tantas desgraças que só uma intervenção dos Céus para salvá-los. Intimamente nos sentimos incapazes, sem autoridade e desprovidos de poder para ajudá-los de alguma forma. É triste ver essas pessoas enfermas, oprimidas e perdidas ouvindo nossas impecáveis homilias e não receberem o necessário para a solução de seus problemas impossíveis. Boa parte de nós, se considera mestres da bíblia; conferencistas, cantores ungidos, pregadores de fogo e até teólogos – mas os milagres não nos têm acompanhado, porquê? Sinceramente, parece que o sobrenatural tornou-se para nós uma referência histórica e que em nossas prédicas terá sempre uma aplicação figurada e nada experimental, já que agora vivemos por vista e não por fé. 

E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo (Atos 6:8)

É possível que a relação de milagre e vida cristã não é notada porque deixamos de ser o milagre da gloriosa obra redentora de Cristo Jesus! É como se não existisse mais a operação sobrenatural de Deus, pelo menos dentro das razões filosóficas e sociológicas de nosso século e de nossa vida cristã formal e previsível. Há um discurso conceitual em nossos púlpitos, mas não um desafio a experiências reais com Deus de forma a serem contundentes e convincentes. Por conta disso, a descrença se aloja nos corações dos homens, e mesmo que na televisão os “testemunhos” de milagres exibidos como espetáculos – sejam transmitidos em rede nacional, não despertam a fé e menos ainda o interesse da maioria da população brasileira. A indiferença talvez ocorra por que as pessoas que eventualmente assistem a esse “marketing de milagres”, não os vêem em seus dias; não escutam e nem notam a pregação do Deus do impossível comprovadas na vida de alguém que elas próprias conheçam. Por isso, temos uma responsabilidade como testemunhas do Salvador ressurreto; é preciso pensar e focar em nossa vizinhança e nas pessoas que conhecemos, os tais precisam ver milagres em nossas vidas. Portanto, sejamos a prova destes atos portentosos de Deus e do Evangelho que professamos! 

Detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios (Atos 14:3).

Infelizmente, como obra do inimigo do Evangelho, ao invés da crença as pessoas continuam duvidando ainda mais, tornando-se céticas, professando-se como ateus e desdenhando de Deus e de seus crentes de muitas palavras e poucos milagres. Também, pelas ordenanças de Jesus, seriam os sinais que seguiriam os que cressem, hoje invertemos tudo: somos nós que corremos atrás dos “milagres” – que para muitos é visto como um carro novo, o nome limpo junto aos órgãos de crédito, bênçãos financeiras ou até visões e profecias de bem-aventuranças. Percebe-se uma deturpação da essência do sentido da pregação e da comprovação do Evangelho na vida dos crentes. Fizemos uma interpretação adequada do poder de Deus, disposto e canalizado apenas a atender nossos sonhos e aspirações financeiras e sociais. 

Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus (Lucas 10:19-20)

O milagre que mais precisamos carece acontecer dentro de nós, de modo a provocar renovação espiritual, revigorar a vida de santidade, aprofundar nossa comunhão com o Pai e expressar-se em amor ao próximo na obra prática e verbal da pregação das boas novas. O milagre não é um ser e nem tem receitas obviamente, é apenas um meio de Deus manifestar Seu poder aos homens; por certo Ele o deseja manifestar através de você! O Senhor da Igreja deseja transformar sua vida completamente, a começar pela parte espiritual. Quer te encher de poder para testemunhar, de forma que ao abrir sua boca para falar de Cristo, as pessoas vão ser tocadas e vão começar a chorar e a sentirem a gloriosa presença do Senhor em você – terão um encontro com Deus que mudará suas vidas para sempre; e quando isso acontecer meu irmão, alegre-se, pois um grande milagre terá se realizado!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

SÁTIRA GOSPEL É UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO?

De um tempo pra cá, além dos cristãos suportarem escarnecedoras provocações de atores mundanos; se nota também em redes sociais e canais de vídeos da internet, crentes que alegando postura de protesto, põem-se a criticar e a satirizar igrejas, líderes e posições religiosas. Sinceramente, há mais desrespeito, incoerência e discórdias do que qualquer porção de despertamento, confrontação ou utilidade nessas produções e postagens sem graça. Na maioria das vezes, criações de duvidoso propósito e vazias de boa instrução; estão preenchidas com o ideal da auto-promoção de seus produtores e autores através das questões inúteis que tentam levantar, pois sabem que o que atraí e dá “ibope”, são polêmicas.
Neste tempo de liberalismo cristão, onde se questiona tudo em nome da “atitude filosófica”, o que se produziu foi um cristianismo mal resolvido em sua fé, uma “igreja” fragmentada por diferentes posições interpretativas e muito pouco nutrida da Palavra de Deus e da comunhão com o seu Autor. Ativistas de causas próprias, provocando estragos e abalos na vida de muita gente, apenas em razão da fama pessoal. Qualquer “grande personagem” por mais humorístico e engraçado que seja, mas que acabe incentivando cristãos e opinião pública a fazerem generalizações injustas contra a igreja cristã – rega canteiros de desgraças e soterra as poucas cisternas de esperança neste país decadente e carente de bons exemplos. Esses “atores que se dizem em favor do evangelho, mas que desnudam os evangélicos” perderam totalmente o foco evangelístico, apologético e não se importam com o enlevo espiritual do “público” que gasta tempo lendo ou assistindo seus “absurdos criativos”.
A igreja cristã de nosso tempo precisa de um urgente avivamento e não de protestos sem sentido. Conclamo a essas pessoas que se dizendo “não conformadas”, mas que se ocupam na produção de conteúdos desnecessários e irrelevantes (pois não fornecem nada além daquilo que a grande maioria já sabe), a protestarem contra uma sutil e sorrateira campanha de invalidação da inspiração plenária e verbal das Escrituras, bem como sua autoridade. Chamo-os a se posicionarem contra essas programações que substituem cultos, subtraindo-lhes a oração, o louvor e a própria pregação dentro de suas próprias igrejas – que sejam luzes lá. Pois que pare o show! Mas que também se encerrem as sátiras que ao invés de temor e conscientização produzem irreverência e banalização das coisas santas do Senhor!
Não adiantam vídeos, encenações, “piadas santas” e posições controversas contra essa vida cristã precária que a maioria leva, senão uma ação genuína do Senhor através da Palavra na vida daqueles que forem sensíveis à sua voz, que agirem não pelo espírito da crítica, mas pelo Espírito Santo. Conclamo os críticos crentes da igreja evangélica nacional a protestarem através de uma contínua campanha nacional de jejum e de oração a favor deste país corrupto e dessas igrejas servas de Mamom. Suplico-lhes a firmarem ato de protesto com uma vida transformada e cheia de frutos, a ponto de influenciarem aos que os assistem e acompanham.

Protestem com uma vida de santidade, despegada de efemeridades, na contramão da teologia da prosperidade, do triunfalismo pleno, sustentada na oração, centrada no evangelho de Cristo e confirmada pela sociedade por meio de um testemunho que convence pelo que é e não pelos bobos protestos que faz.

Mobilizem-nos com suas mídias e encenações a entrarmos de corpo e alma num comum clamor nacional pela renovação espiritual da genuína vida cristã neste país, hoje, o mais católico do mundo e com a maior igreja pentecostal da terra e ainda muito perdido. De incoerências e hipocrisias já nos bastam às revelações de nosso cotidiano; o que o brasileiro precisa para encontrar Jesus é de gente crente de verdade; que além da coragem manifesta na tela ou em textos brilhantes, seja convincente em casa, na vizinhança, no comércio, na sociedade e, sobretudo na igreja. Vai protestar nesses lugares com seu bom exemplo e depois nos mostre os vídeos, pois precisamos assistir coisas que nos façam querer ser iguais a autênticos servos de Deus.

NOSSA VONTADE NOS LIMITES DAS PROVAÇÕES E TENTAÇÕES!

A vontade dos homens é o que manda e o que determina muitas pregações, seminários, louvores e publicações evangélicas. O labor em torno da satisfação de nossos desejos dentro de uma “visão evangélica” a lá século XXI, configura um evangelho do momento em que não se condena pecados e nem se confronta comportamentos que agridem à autêntica vida cristã. Há pessoas vivendo na contramão de tudo o que Deus quer mesmo estando fincadas em nossas igrejas, e parte dessa situação triste é porque ouvem mais seus desejos e emoções que a voz do Senhor. Faço uma breve exposição sobre provação e tentação no contexto da vida cristã, espero que você também seja edificado pela palavra de Deus.
Concupiscência significa um forte desejo ou anseio de fazer algo que desagrada a Deus ou de ter coisas de uma forma que Ele desaprova. É a concupiscência que produz o pecado.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg 1:14-15).
Em 1 João 2:15-16 todos os desejos pecaminosos são classificados em três categorias: Concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida. Vejamos:
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo (1 Jo 2:16).
Enquanto Eva (Gn 3) estava diante da árvore do conhecimento do bem e do mal, ela se deparou com estas três tentações:
A concupiscência da carne – “a árvore boa para comer”.
A concupiscência dos olhos – “a árvore agradável aos olhos”.
A soberba da vida – “a árvore desejável para dar entendimento”.

A concupiscência da carne refere-se a qualquer desejo que incita alguém a alimentar a natureza sensual da carne (imoralidade, embriaguez, glutonaria, etc.). O fruto deu “água na boca” de Eva, mesmo sendo ele um fruto proibido. Incita-nos a procurarmos satisfação no prazer do pecado, e não no Senhor (Gálatas 6:7-8).
A concupiscência dos olhos diz respeito àquelas tentações que apelam para os desejos ambiciosos dos homens de obter e possuir (roubo, avareza, etc.). Leva-nos a colocarmos as “coisas materiais” na frente do Senhor (Colossenses 3:15 – ultima frase).
A soberba da vida refere-se a todas as tentações que apelam para o orgulho pessoal do homem e seu desejo por aplauso ou grandeza. Tenta-nos a glorificarmos a nós mesmos ao invés do Senhor (Mateus 23:12).
Com esta análise nós podemos entender melhor a vitória de Cristo sobre suas tentações (Lucas 4:1-13). Satanás aproximou-se de nosso Salvador pelas três vias, mas ainda assim o Senhor não cometeu pecado. Ele foi bem sucedido aonde o primeiro Adão falhou.
Lucas 4:1-4 – concupiscência da carne – transformar as pedras em pães.
Lucas 4:5-8 – concupiscência dos olhos – possuir todo o poder e toda a glória.
Lucas 4:9-13 – soberba da vida – eu posso tudo porque sou o filho de Deus.

Considerações sobre provação e tentação:
A provação vem de Deus, a tentação ocorre dentro de nós.
A provação tem razão e propósitos, a tentação é irracional e inconseqüente.
A provação fortalece convicções, a tentação manifesta dúvidas.
A provação combate o nosso ego, a tentação massageia-o.
A provação contesta desejos, a tentação aprova vontades.
A provação superada aprova, a tentação consumada reprova.
A provação visa crescimento, a tentação reafirma queda.

Como suportar e vencer as provações e tentações?
Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne (Gl 5:16).

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26:41).
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hb 4:15).
Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados. (Hb 2:18).
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar (1 Co 10:13).

Que Deus abundantemente abençoe sua vida com a direção do Santo Espírito; deixe-se ser guiado por Ele!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

AS IGREJAS EVANGÉLICAS SÃO MAIS ORDEM QUE CAOS!

Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós (Efésios 4:6)
Atualmente se fala muito mal contra as igrejas evangélicas entre e para os próprios crentes. Detalhe curioso é que esse “empenho crítico” tem se notado mais entre os “formadores de opinião do meio”. Escrevermos para a edificação de outros irmãos da família de Deus que são integrantes locais de várias denominações, e é uma tarefa indelével. Necessitamos ressaltar muito mais as virtudes da igreja inconformada, amorosa, despegada da terra e plugada no Reino de Deus e não os pecados daqueles que achamos representar o caos. Pra isso, precisamos abandonar nossos julgamentos herdados e calçar as sandálias da humildade, pra começo de conversa.
A razão que tentamos justificar para tanto esforço na composição de textos criativos e outros até apelativos contra a igreja aqui da terra, é o de denunciar falsificadores da palavra em seu meio; descortinar balcões de negócios em seus átrios, revelar a existência de feudos pastorais em cercanias campais e principalmente expor os descaramentos midiáticos que apelam a uma fé de dinâmica tão simplesmente monetária e etc. Neste ponto estamos com a razão; mas, a questão é que tanta beligerância no combate aos perigos do falso evangelho nos fizeram ignorar que absolutamente a igreja evangélica do Brasil não é feita só desses maus exemplos!
A vida da igreja evangélica neste país é caórdica (combinação homogênea de caos e ordem). Exatamente, pois sua formação é essencialmente mista de experiências, é denominacionalmente distinta por sistemas de governo, paradoxal em posições teológicas e antagônica na interpretação bíblica de grupo para grupo. Esse pano de fundo complexo é a realidade religiosa do mundo cristão em seu hemisfério evangélico, daí a dificuldade de tentar impor qualquer visão igualitária ou fazê-la prevalecer sobre a “vida” do mesmo – pois é uma mistura de gente, reunindo-se em templos sob diferentes lideranças, seguindo doutrinas conflitantes e lendo a bíblia de forma também variante.
O caos da igreja é o que todo salvo em Cristo combate todo dia, é o que ganha destaque em nossas colunas. Mas, e a ordem trazida pela igreja? Sinceramente precisamos mostrar mais desse equilíbrio tão rejeitado, questionado e posto em dúvida por alguns de dentro da própria barca evangélica. Posso dizer que na composição “dual do perfil evangélico” o que nos une é o comum; pois todos buscamos servir ao mesmo Deus, aceitamos o mesmo salvador, recebemos o mesmo consolador, estudamos as mesmas escrituras e vivemos sob as mesmas promessas – o resto é o agito do caos, é a debandada do cristão deste confuso planisfério religioso – mas nem por isso posso iludir-me ou decepcionar-me que o caos é a performática mais expressiva da igreja evangélica nacional, e que ela personifique somente aproveitadores, vendedores de bênçãos, homofóbicos, pedófilos e sujeitos sem os autênticos predicados do evangelho de Cristo.
Artigo com continuação.