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Reflexões acerca do mundo cristão.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

SÁTIRA GOSPEL É UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO?

De um tempo pra cá, além dos cristãos suportarem escarnecedoras provocações de atores mundanos; se nota também em redes sociais e canais de vídeos da internet, crentes que alegando postura de protesto, põem-se a criticar e a satirizar igrejas, líderes e posições religiosas. Sinceramente, há mais desrespeito, incoerência e discórdias do que qualquer porção de despertamento, confrontação ou utilidade nessas produções e postagens sem graça. Na maioria das vezes, criações de duvidoso propósito e vazias de boa instrução; estão preenchidas com o ideal da auto-promoção de seus produtores e autores através das questões inúteis que tentam levantar, pois sabem que o que atraí e dá “ibope”, são polêmicas.
Neste tempo de liberalismo cristão, onde se questiona tudo em nome da “atitude filosófica”, o que se produziu foi um cristianismo mal resolvido em sua fé, uma “igreja” fragmentada por diferentes posições interpretativas e muito pouco nutrida da Palavra de Deus e da comunhão com o seu Autor. Ativistas de causas próprias, provocando estragos e abalos na vida de muita gente, apenas em razão da fama pessoal. Qualquer “grande personagem” por mais humorístico e engraçado que seja, mas que acabe incentivando cristãos e opinião pública a fazerem generalizações injustas contra a igreja cristã – rega canteiros de desgraças e soterra as poucas cisternas de esperança neste país decadente e carente de bons exemplos. Esses “atores que se dizem em favor do evangelho, mas que desnudam os evangélicos” perderam totalmente o foco evangelístico, apologético e não se importam com o enlevo espiritual do “público” que gasta tempo lendo ou assistindo seus “absurdos criativos”.
A igreja cristã de nosso tempo precisa de um urgente avivamento e não de protestos sem sentido. Conclamo a essas pessoas que se dizendo “não conformadas”, mas que se ocupam na produção de conteúdos desnecessários e irrelevantes (pois não fornecem nada além daquilo que a grande maioria já sabe), a protestarem contra uma sutil e sorrateira campanha de invalidação da inspiração plenária e verbal das Escrituras, bem como sua autoridade. Chamo-os a se posicionarem contra essas programações que substituem cultos, subtraindo-lhes a oração, o louvor e a própria pregação dentro de suas próprias igrejas – que sejam luzes lá. Pois que pare o show! Mas que também se encerrem as sátiras que ao invés de temor e conscientização produzem irreverência e banalização das coisas santas do Senhor!
Não adiantam vídeos, encenações, “piadas santas” e posições controversas contra essa vida cristã precária que a maioria leva, senão uma ação genuína do Senhor através da Palavra na vida daqueles que forem sensíveis à sua voz, que agirem não pelo espírito da crítica, mas pelo Espírito Santo. Conclamo os críticos crentes da igreja evangélica nacional a protestarem através de uma contínua campanha nacional de jejum e de oração a favor deste país corrupto e dessas igrejas servas de Mamom. Suplico-lhes a firmarem ato de protesto com uma vida transformada e cheia de frutos, a ponto de influenciarem aos que os assistem e acompanham.

Protestem com uma vida de santidade, despegada de efemeridades, na contramão da teologia da prosperidade, do triunfalismo pleno, sustentada na oração, centrada no evangelho de Cristo e confirmada pela sociedade por meio de um testemunho que convence pelo que é e não pelos bobos protestos que faz.

Mobilizem-nos com suas mídias e encenações a entrarmos de corpo e alma num comum clamor nacional pela renovação espiritual da genuína vida cristã neste país, hoje, o mais católico do mundo e com a maior igreja pentecostal da terra e ainda muito perdido. De incoerências e hipocrisias já nos bastam às revelações de nosso cotidiano; o que o brasileiro precisa para encontrar Jesus é de gente crente de verdade; que além da coragem manifesta na tela ou em textos brilhantes, seja convincente em casa, na vizinhança, no comércio, na sociedade e, sobretudo na igreja. Vai protestar nesses lugares com seu bom exemplo e depois nos mostre os vídeos, pois precisamos assistir coisas que nos façam querer ser iguais a autênticos servos de Deus.

NOSSA VONTADE NOS LIMITES DAS PROVAÇÕES E TENTAÇÕES!

A vontade dos homens é o que manda e o que determina muitas pregações, seminários, louvores e publicações evangélicas. O labor em torno da satisfação de nossos desejos dentro de uma “visão evangélica” a lá século XXI, configura um evangelho do momento em que não se condena pecados e nem se confronta comportamentos que agridem à autêntica vida cristã. Há pessoas vivendo na contramão de tudo o que Deus quer mesmo estando fincadas em nossas igrejas, e parte dessa situação triste é porque ouvem mais seus desejos e emoções que a voz do Senhor. Faço uma breve exposição sobre provação e tentação no contexto da vida cristã, espero que você também seja edificado pela palavra de Deus.
Concupiscência significa um forte desejo ou anseio de fazer algo que desagrada a Deus ou de ter coisas de uma forma que Ele desaprova. É a concupiscência que produz o pecado.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg 1:14-15).
Em 1 João 2:15-16 todos os desejos pecaminosos são classificados em três categorias: Concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida. Vejamos:
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo (1 Jo 2:16).
Enquanto Eva (Gn 3) estava diante da árvore do conhecimento do bem e do mal, ela se deparou com estas três tentações:
A concupiscência da carne – “a árvore boa para comer”.
A concupiscência dos olhos – “a árvore agradável aos olhos”.
A soberba da vida – “a árvore desejável para dar entendimento”.

A concupiscência da carne refere-se a qualquer desejo que incita alguém a alimentar a natureza sensual da carne (imoralidade, embriaguez, glutonaria, etc.). O fruto deu “água na boca” de Eva, mesmo sendo ele um fruto proibido. Incita-nos a procurarmos satisfação no prazer do pecado, e não no Senhor (Gálatas 6:7-8).
A concupiscência dos olhos diz respeito àquelas tentações que apelam para os desejos ambiciosos dos homens de obter e possuir (roubo, avareza, etc.). Leva-nos a colocarmos as “coisas materiais” na frente do Senhor (Colossenses 3:15 – ultima frase).
A soberba da vida refere-se a todas as tentações que apelam para o orgulho pessoal do homem e seu desejo por aplauso ou grandeza. Tenta-nos a glorificarmos a nós mesmos ao invés do Senhor (Mateus 23:12).
Com esta análise nós podemos entender melhor a vitória de Cristo sobre suas tentações (Lucas 4:1-13). Satanás aproximou-se de nosso Salvador pelas três vias, mas ainda assim o Senhor não cometeu pecado. Ele foi bem sucedido aonde o primeiro Adão falhou.
Lucas 4:1-4 – concupiscência da carne – transformar as pedras em pães.
Lucas 4:5-8 – concupiscência dos olhos – possuir todo o poder e toda a glória.
Lucas 4:9-13 – soberba da vida – eu posso tudo porque sou o filho de Deus.

Considerações sobre provação e tentação:
A provação vem de Deus, a tentação ocorre dentro de nós.
A provação tem razão e propósitos, a tentação é irracional e inconseqüente.
A provação fortalece convicções, a tentação manifesta dúvidas.
A provação combate o nosso ego, a tentação massageia-o.
A provação contesta desejos, a tentação aprova vontades.
A provação superada aprova, a tentação consumada reprova.
A provação visa crescimento, a tentação reafirma queda.

Como suportar e vencer as provações e tentações?
Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne (Gl 5:16).

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26:41).
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hb 4:15).
Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados. (Hb 2:18).
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar (1 Co 10:13).

Que Deus abundantemente abençoe sua vida com a direção do Santo Espírito; deixe-se ser guiado por Ele!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

AS IGREJAS EVANGÉLICAS SÃO MAIS ORDEM QUE CAOS!

Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós (Efésios 4:6)
Atualmente se fala muito mal contra as igrejas evangélicas entre e para os próprios crentes. Detalhe curioso é que esse “empenho crítico” tem se notado mais entre os “formadores de opinião do meio”. Escrevermos para a edificação de outros irmãos da família de Deus que são integrantes locais de várias denominações, e é uma tarefa indelével. Necessitamos ressaltar muito mais as virtudes da igreja inconformada, amorosa, despegada da terra e plugada no Reino de Deus e não os pecados daqueles que achamos representar o caos. Pra isso, precisamos abandonar nossos julgamentos herdados e calçar as sandálias da humildade, pra começo de conversa.
A razão que tentamos justificar para tanto esforço na composição de textos criativos e outros até apelativos contra a igreja aqui da terra, é o de denunciar falsificadores da palavra em seu meio; descortinar balcões de negócios em seus átrios, revelar a existência de feudos pastorais em cercanias campais e principalmente expor os descaramentos midiáticos que apelam a uma fé de dinâmica tão simplesmente monetária e etc. Neste ponto estamos com a razão; mas, a questão é que tanta beligerância no combate aos perigos do falso evangelho nos fizeram ignorar que absolutamente a igreja evangélica do Brasil não é feita só desses maus exemplos!
A vida da igreja evangélica neste país é caórdica (combinação homogênea de caos e ordem). Exatamente, pois sua formação é essencialmente mista de experiências, é denominacionalmente distinta por sistemas de governo, paradoxal em posições teológicas e antagônica na interpretação bíblica de grupo para grupo. Esse pano de fundo complexo é a realidade religiosa do mundo cristão em seu hemisfério evangélico, daí a dificuldade de tentar impor qualquer visão igualitária ou fazê-la prevalecer sobre a “vida” do mesmo – pois é uma mistura de gente, reunindo-se em templos sob diferentes lideranças, seguindo doutrinas conflitantes e lendo a bíblia de forma também variante.
O caos da igreja é o que todo salvo em Cristo combate todo dia, é o que ganha destaque em nossas colunas. Mas, e a ordem trazida pela igreja? Sinceramente precisamos mostrar mais desse equilíbrio tão rejeitado, questionado e posto em dúvida por alguns de dentro da própria barca evangélica. Posso dizer que na composição “dual do perfil evangélico” o que nos une é o comum; pois todos buscamos servir ao mesmo Deus, aceitamos o mesmo salvador, recebemos o mesmo consolador, estudamos as mesmas escrituras e vivemos sob as mesmas promessas – o resto é o agito do caos, é a debandada do cristão deste confuso planisfério religioso – mas nem por isso posso iludir-me ou decepcionar-me que o caos é a performática mais expressiva da igreja evangélica nacional, e que ela personifique somente aproveitadores, vendedores de bênçãos, homofóbicos, pedófilos e sujeitos sem os autênticos predicados do evangelho de Cristo.
Artigo com continuação.