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Reflexões acerca do mundo cristão.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

PEQUENAS ATITUDES COM GRANDES MUDANÇAS EM 2015!

"…mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm 12:2b).
Transformar a sua história não é incumbência do destino, não é predestinação de vencedores ou fracassados, de abençoados ou desprovidos – aceitar isso é ser conformista demais e crente de menos. Como também mudar a nossa vida não é ação exclusiva e absoluta de Deus; ou seja, é da vontade Dele que você creia, cresça e participe do processo de modo consciente e ativo (1 Pe 1:9). O novo nascimento segundo a bíblia é um milagre, mas o viver no Espírito é um hábito da nova criatura (Gl 5:25) – Deus faz o impossível e você doravante, faz o que é preciso para alcançar e ser o homem e a mulher perfeitos (Ef 4:13).
…efetuai a vossa salvação com temor e tremor (Fp 2:12e).
Para transformar a sua história será preciso mudar a qualidade dos registros e a importância dos anais através de fatos relevantes e atitudes grandes cujo personagem maior será você. É no dia a dia com pequenos sorrisos, com detalhes no comportamento e pormenores nas escolhas e decisões que você deverá construir uma trajetória que agrada a Deus e faz bem ao próximo e que no fim das contas o grande beneficiado será você mesmo (Gl 4:7).
E em todas essas novidades jamais se esqueça do Deus Presente em seu viver: Ele lhe diz: “Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar” (Js 1:9).
Pra mudar a vida é preciso fazer o necessário; como adotar práticas novas, trilhar novos caminhos, reviver outra vez com postura diferente a mesma existência (2 Co 5:17).

domingo, 21 de dezembro de 2014

MISERÁVEIS NO NATAL PELA FALTA DE JESUS!

O natal de Jesus Cristo é uma celebração rica e cheia de significados para os que entendem a razão da comemoração. Mesmo que Ele não tenha nascido em 25 de dezembro, a data ocidental, celebra o fato de seu nascimento, relembra a indescritível graça dos céus. Tal riqueza do natal de Jesus é expressa não em poses, presentes, pompas e banquetes; antes, farta de sentido bíblico, realização profética e caracterizada pelo desejo de Deus em oferecer o maior e melhor presente que a humanidade já pôde receber – o seu próprio filho.

Mesmo com todo peso redentor e com tantos sentimentos de boa vontade envolvidos no natal, há os que se fazem pobres pela negligência de observar e viver sob os auspícios do verdadeiro Espírito do Natal (leia-se Espírito Santo). Pessoas que na pobreza da alma carente de Deus e daquela salvação anunciada no natal de Jesus, não admitem o estado crítico de suas vidas e muito menos reconhecem a condição trágica de suas existências. A miséria do ser em meio à fartura do ter é a prova contundente de uma geração afastada de Deus e insensível a sua voz e dádivas disponíveis para resolver essa triste situação.

É miserável no natal todo aquele que alegrado por presentes, acolhido por familiares em banquetes fartos, ignora o sentido dos favores e dons do natal de Jesus. A graça da ocasião retrata o ofertar, contempla os outros e mira no bem comum. O que temos oferecido ao próximo (aqueles que estão fora de nossos círculos) em nossas comemorações natalinas além de darmos presentes aos que gostamos e comes e bebes a quem convidamos? A verdadeira celebração do natal desafia-nos a romper a restrição cultural domiciliar da data, apregoa o sair da pompa e alcançar as "pastagens de Belém" demonstrando aos de fora a maior mensagem de todos os tempos: "nasceu o Salvador que é Cristo o Senhor!"

É carente no natal todo aquele que mesmo em família, não agradece a Deus, não louva ao Senhor pela realização do singular nascimento de Jesus. São pessoas que se dizem esclarecidas, mas nada agradecidas. Celebram o fato nas divisas de um “cristianismo cultural”, impessoal, pouco vertical e nada espiritual. Alegre-se sim com os seus, mostre-os a razão dos presentes e a verdadeira delícia do cardápio celestial – O pão da vida que desceu dos céus! Todos os significados bíblicos e cristãos do natal são muito mais que apenas entendimento, pois envolvem sentimento, participação e envolvimento por parte de quem o celebra.

É pobre no natal todo aquele que no egoísmo de sua experiência de vida, centra o universo em si, converge tudo aos próprios interesses e somatiza resultados apenas no material. Natal é data para também iluminar nossa vida à luz da de Cristo, realinhar nossa caminhada a do sereno Jesus; que um dia, deitado numa manjedoura com expressão de serenidade, trouxe a esperança de volta a todos nós. Miseráveis nos natais e pobríssimos na vida serão todos aqueles que ao se depararem com as escuras noites da jornada não se orientarem pela brilhante Estrela da Manhã; que ao atravessarem as longas jornadas da lida humana não desejarem pela luz e calor do Sol da Justiça.

Que façamos diferente, que sejamos ricos das graças do natal, apregoando suas mensagens de paz e vivendo sob a influência do Espírito de Emanuel – Deus conosco!

Feliz Natal a você e a toda à sua família!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

É PRECISO REPETIR: IGREJA NÃO É CINEMA, ESTÁDIO DE FUTEBOL E NEM RINGUE DE MMA!

Tem um pregador que o público jovem curte, ele é lá das bandas das Minas Gerais, já fez suas homílias com camisas de outros heróis, chapolim colorado e até mesmo fantasiado de super homem dentro da igreja em que serve como pastor. Ele faz isso na maior tranquilidade sem qualquer constrangimento, entendendo que pregar o Evangelho é quebrar paradigmas litúrgicos e dispensar a social indumentária evangélica - para atingir um único objetivo: atrair a atenção, principalmente dos jovens.  

Afinal, onde estamos buscando nossos referenciais de pregação ou estilo de vida cristã? Não usem o argumento: “ele está resgatando muitos jovens do mundo”. Ah é? Então justifica trazer os “heróis” do mundo para dentro da igreja? Significa que os fins justificam os meios? Não nos esqueçamos do rei Uzias que pensou de forma semelhante e foi leproso pelo resto da vida – só porque quis “contextualizar” e ampliar a função sacerdotal a si mesmo – o que não era permitido pelo Senhor Deus.

Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; não suporto as suas assembléias solenes (Am 5:21)

Percebe-se uma verdadeira profanação dos locais de culto coletivo em muitas congregações. Infelizmente vários pastores, líderes e membros locais perderam o temor a Deus, ignoraram a sã consciência, rejeitaram a noção do que é absurdo ou impraticável nos âmbitos da igreja cristã. Estranha-me a promoção de campeonatos de MMA, festas juninas, transmissão de jogos de futebol, baladas para jovens e cinemas com exibição de filmes seculares dentro do templo ou nos limites da propriedade de igrejas, como se tudo isso fosse normal e aceito por Deus. Parece que voltamos no tempo e chegamos a quase dois séculos antes de Cristo quando o templo de Jerusalém foi profanado pelos sírios e macedônios – mas, com uma diferenciação ainda mais repugnante – agora, os profanadores são os de dentro da própria igreja. 

Acabarei com a sua alegria: suas festas anuais, suas luas novas, seus dias de sábado e todas as suas festas fixas (Os 2:11)

Algumas igrejas têm atraído os olhares da mídia secular não porque estão promovendo algum trabalho de importância social ou relevância comunitária – mas porque estão apelando ao ridículo e ao abominável. Aquela argumentação de que Paulo era um missionário estrategista e se fazia de fraco para ganhar os fracos, de gentio para ganhar os gentios e de judeu para ganhar os judeus a fim de evangelizá-los (1 Co 9:19-22) querendo com isso justificar esses sacrilégios em espaço separado à adoração – não se firma como interpretação sustentável e menos ainda absolve os "bem intencionados" que tudo fazem para promover a comunhão da igreja através de suas programações ímpias na casa do Senhor (deveriam ler o versículo 27 que encerra o mesmo capítulo citado anteriormente). Definitivamente não existe fundamento bíblico, justificativa evangelística ou razão cristã para se armar ringues de lutas marciais dentro dos templos; não há qualquer cabimento em transmitir jogos de futebol no interior da casa consagrada a Deus para culto. Ainda tem aqueles que estão transformando o templo em uma sala de cinema e abandonando a bíblia como livro texto do discipulado ao adotarem filmes de Hollywood como conteúdos de instrução cristã; a que ponto chegamos?

Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (Mt 15:8)

Parece que precisamos ser uma espécie de “macabeus cristãos” que venham a agir com as armas do amor, profundidade bíblica e autoridade dos céus – nos levantando contra essa falta de noção e ausência de temor; contra “homens sem fé” que montam “emboscadas no templo” e “maculam a casa de Deus”. Por trás de todos esses “discursos evangelistícos” e “koinoníacos” subsistem estratégias do mal, conceitos pós-modernos de que igreja é comunidade, sobretudo e somente no nível sociológico, influenciada pela cultura que a faz e cerca (e não pela bíblia), e conduzida pela compreensão do homem em seu tempo (e não pelo Espírito Santo). Se sua igreja adota esse modus operandi para a prática evangelística ou reforço fraternal, fale com seu líder, dialogue com seu pastor e tente em quanto a tempo para salvar os que ainda restam (Ap 3:2). 

E se não houver mudanças, ore e fale com Cristo Jesus – o cabeça da igreja (Ef 5:23), pois Ele não te deixará confundido sobre o que você terá que fazer a respeito.

SERVIR OU MANTER O DISCURSO DE AMAR?

Servir é uma das mais nobres missões cristãs (Mc 10:44), como entregar-se pela salvação dos outros, um dos ensinos mais pessoais de Jesus (Jo 10:11; 15:13). Infelizmente o que temos visto é uma desconstrução do perfil essencial de discípulo do Grande Mestre – através de crentes que não servem a ninguém, senão a eles próprios, sem qualquer humildade e ainda ressaltados por atitudes impositivas. Gente que mesmo na igreja, a postura revela o caráter egocêntrico de quem não está acostumado a servir, a ceder à vez, a pedir desculpas, a dar preferência, a ser gentil, a perdoar, a suportar e até a carregar as cargas de quem precisa – tudo isso é bíblico, mas quase nada é praticado; mas por quê? Porque não querem servir aos outros e nem seguir o padrão estabelecido por Cristo (Mt 20:28).

Se servir já nos é difícil, quanto mais humilhar-se diante do próximo.

Na verdade, nestes dias de evangelhos genéricos com suas proclamações de “super crentes”, de “prosperidades sem fim”, de “subjugadores de potestades” e de “príncipes e princesas”; nos inquieta o ensino de humilhar-se – desequilibra-nos em nossa “teologia de superioridade” aquela recomendação de oferecer o outro lado da face já atingida (Mt 5:39). As instruções que aplaudimos não têm nada a ver com fazer-se de servo para cumprir o verdadeiro Evangelho; na realidade, o que mais nos apetece são os tipos de “evangelhos” que classificam senhores, organizam cabeças, ordenam maiorais, revestem ungidos, estabelecem líderes, elevam astros e fazem brilhar estrelas – tais “boas novas” com tantos “TOPs e UPs” só não geram servos, é claro (Mt 23:11). 

Não generalizando, mas a atual postura supostamente cristã de não querer servir não é por um simples efeito de natureza cultural ou social da pós-modernidade – sobretudo é um problema de centralidade. Significa que enquanto formos egocêntricos jamais nossa vida será Cristocêntrica. Enquanto não tivermos Cristo como nossa razão de viver, tudo continuará girando em torno de nós mesmos (2 Tm 3:2) – nem que para isso tenhamos que escutar um “evangelho” cuja eisegese nos seja conveniente. A maioria de nós está há tanto tempo sem servir aos outros que quando o faz até estranha (leiam-se esses “outros” como aqueles que estão fora ou nas periferias de nossos círculos de amizades e fraternidade). A atitude de oferecer auxílio não era para ser uma exceção ou provocar alteração positiva de humor – deveria ser habitual e fazer parte de nossa convivência diária, sem distinções ou excepcionalidades.

As oportunidades de servir não estão somente em programas assistenciais como o dos Médicos sem Fronteiras, nas doações do Programa Criança Esperança ou naqueles carnês de contribuições missionárias que circulam nas igrejas. A prática do servir carece mostrar-se além das carteiras e das respostas financeiras; precisa ter rostos, nomes, sorrisos, lágrimas e abraços – precisa ser você in loco – e o melhor lugar pra começar a fazer isso é na rua, no ônibus, no trabalho, na escola e em qualquer local em que estivermos deveremos ser servos de Deus e do próximo!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

CRENTES QUE PRECISAM SE ARREPENDER!

Não precisa ser profeta pra pregar arrependimento a maioria de nós crentes que estamos dentro de nossas comunidades locais – até parece uma incoerência, mas não é; é só olhar para a composição de nossas reuniões: de gente que canta e prega uma coisa e vive outra – as pessoas vão a igreja, mas não são a igreja de Jesus!E também ao avaliarmos a nós mesmos com franqueza e sinceramente lidaremos com realidade que não queremos enxergar – estamos muito afastados do Evangelho de Cristo com a vida “cretina” e pouco crente que muitos de nós temos levado.
Nós, os evangélicos temos sido mencionados nas rodas de amigos, na opinião popular e nas mídias da nação mais por conta de nossos escândalos do que por nosso bom testemunho.Temos atraído a atenção mais por conta de nossos pecados do que por nossas virtudes. Falamos de vida nova com Deus, mas vivemos iguais aos demais de fora da igreja – nos enganamos com uma vida cristã de vantagens, de colocar os outros para trás – pois é a isso que se resumiu as pregações de muitos – quando na verdade estamos comprometendo a identidade de portadores do Evangelho pleno e de transformações radicais. Do ponto de vista moral muitos de nossos jovens fornicam antes do casamento. Do ponto de vista social o índice de divórcios na igreja evangélica é tão elevado quanto aos que não a frequentam e que nunca buscaram entender o conceito bíblico de casamento e de família. Do ponto de vista ético vários pastores se venderam por cargos políticos ou funções comissionadas; no âmbito orgânico, igrejas se tornaram empresas, púlpitos em bancas de vendas, pregadores em atores e cantores em estrelas – esse não é o corpo de Cristo! Em nossa arrogância religiosa arrotamos “santidade” e nos orgulhamos de possuirmos o “poder de Deus” para pisarmos o demônio, mas vivemos sob uma onda de descrédito crescente causada por uma vida nada condizente com o que se prega!
Há uma grande necessidade de arrependimento entre os da igreja evangélica brasileira; pois só o perdão e a misericórdia Divinas poderão mudar a nossa sorte nesse país de desatinos com pseudos “paladinos de uma verdade” que não convence mais a ninguém. Infelizmente, há entre nós os que se tornaram blasfemos, de linguagem torpe, com corpos tatuados de figuras sincretistas; outros bem vestidos, mas com o interior apodrecido pela hipocrisia; nossa fé passou a ser heterodoxa e firmada no achismo de livres pensadores que não têm mais as Escrituras como fundamento de fé e prática; nosso “evangelho” resumiu-se na filosofia de vida de cada um – que igreja desfigurada! Há adultérios, mentiras, trapaças, maus pagadores, maldizentes, criadores de confusão, maus empregados, sonegadores, hipócritas e tantos outros desvios que sempre coexistiram com o remanescente de Deus; mas o Senhor nos dá uma grande oportunidade de nos conscientizarmos pela igreja deste país que está enferma em seu corpo, desfigurada em seu semblante e com vestes manchadas por suas transgressões por conta de seus membros nada transformados.
A verdade cristã não é uma declaração verbal ou uma sistemática doutrinal apenas, sobretudo é uma realidade personificada no próprio Cristo. Portanto, se temos uma interpretação, mas não vivemos na ação prática dessa verdade libertadora, continuamos cativos de um sistema que agrada aos homens e desagrada à Deus. É tempo de desejar pela presença do Senhor, de romper com o mundanismo e com tudo aquilo que busca manchar as vestes brancas que os santos do Senhor trajam; é tempo de tomar partido pela justiça, de arvorar a bandeira da verdade que não se negocia; é momento de denunciar as maracutaias nas campais evangélicas; é ocasião de ser crente, salvo e transformado pelo poder do Evangelho – é hora de julgar menos os outros e tratar de nossos próprios pecados e falhas – em suma: é tempo de voltar-se para Deus!
Se começarmos a orar por nós e por aqueles que conhecemos – sem julgá-los; lermos a palavra de Deus e a praticarmos é muito possível que o Deus misericordioso nos visitará com um reavivamento espiritual que sacudirá nossa nação inteira; e daí vão conhecer a verdadeira igreja evangélica!

sábado, 23 de agosto de 2014

O OUTRO LADO DO MUNDANISMO: CRISTÃOS COM ROUPAS DECENTES E VIDAS INDECENTES!

Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. 1 João 2:16
Mundano era um termo que as igrejas pentecostais aplicavam aos crentes que não cumpriam a “sã doutrina”. A “doutrina” dentro daquele quadrante religioso, na maioria das vezes era um conjunto de usos e costumes que deveriam ser observados pelos membros locais, como doutrina – e sabemos que costumes locais por melhores e mais virtuosos que sejam, não podem ser colocados como doutrinas bíblicas universais. Muitas injustiças sem qualquer base foram cometidas colocando para fora daquelas comunidades gente crente pra valer, que tinha “tropeçado” num cabelo cortado, numa saia rachada, num aparelho de rádio, de TV ou quem sabe, num banho de praia. Um grupo cristão que não permite a seus aderentes viverem, se socializarem e se informarem de modo sadio e equilibrado é tudo menos cristianismo; é um fundamentalismo sem fundos, sem base e sem sentido evangélico e humano.
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou. João 17:14
Outrossim, a bíblia é realmente contra o mundanismo e faz afirmações a respeito (Jo 15:19; 1 Jo 2:15) . As Escrituras revelam que mundanismo é o modo de viver do mundo sem Cristo e em oposição à vontade de Deus. É um sistema de valores de qualquer cultura que faz com que o pecado se torne normal e aceitável e o que é correto e decente pareça estranho e detestável. Deste modo a definição torna-se ampla e abrangente e acaba por envolver comportamentos, práticas e padrões que sintetizam esse antagonismo à Deus e sua revelação a raça humana. Analisando a base bíblica e teológica sobre mundanismo, percebo que a compreensão do assunto pela maioria de nós, ainda é por demais tendenciosa e exteriorizada.Tendenciosa por que ao pensarmos em mundanismo, construímos nossa avaliação sobre o padrão doutrinário que herdamos, e se estas normas forem heranças baseadas em costumes e bulas de comportamentos locais, ligaremos o conceito ao que as pessoas falam, vestem e veem (não quero dizer que tal prisma da avaliação esteja errado, o que digo é que não retrata a questão com a amplitude e enfoque necessários). Bem, se geralmente analisamos mundanismo por meio de tendências da moda, gírias do momento e comportamentos da hora do homem moderno,fatalmente cairemos no segundo erro desta abordagem: daremos ao mundanismo um sentido muito exterior à vida das pessoas.
Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. Mateus 15:19

É verdade que ser mundano é viver impiamente, é também vestir-se escandalosamente, falar torpezas, defender injustiças, imoralidades e sobretudo descumprir as Escrituras sem qualquer temor. Não obstante à colocação, precisamos salientar que a influência do mundanismo na vida de um crente estará totalmente ligada ao domínio do seu próprio “eu”. E quando interiorizamos a discussão do conceito em sua amplitude bíblica, chegaremos a inevitável batalha do espírito contra a carne (Gl 5:17); e tanto é verdade que o próprio Cristo assimilou o mundanismo notado na vida e atitudes dos homens a partir do momento em que determinou o interior do ser humano como o ponto de origem para toda a impiedade manifesta – o coração (quando a bíblia fala de coração, dando ao termo um sentido de sede da alma ou centro das emoções a linguagem é figurada). Não defendo a coexistência do bem (Deus) e do mal (Satanás) como um dualismo necessário a prática e equilíbrio moral do livre arbítrio humano; mas, no campo de nossas experiências terrenas temos uma bipolaridade intrínseca à nossa própria natureza: espírito e carne. Precisamos permitir ao espírito que o ponto extremo de polaridade carnal seja controlado afim de vencermos o mundanismo residente na natureza resistente do velho homem (Ef 4:22).

Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Mateus 23:27
A questão é que a exibição do mundanismo não é só roupa curta, sensualidade, gírias, prostituição. Há mulheres cristãs com saias que tocam o chão e homens cristãos que se vestem com terno e gravata que são tão mundanos quanto qualquer libertino praiano com pouca roupa. O mundanismo é sutil, sorrateiro e sobrevive nos recônditos de nossa natureza. Somos mundanos quando vivemos com as mesmas aspirações e comportamentos do homem sem Deus, quando pagamos o mal com o mal, quando mentimos em benefício próprio, quando desejamos a mulher do próximo, quando invejamos o sucesso alheio, quando tentamos subornar o guarda de trânsito, quando furamos filas, quando enxertamos mentiras em currículos, quando participamos de negócios escusos, quando recebemos propinas, quando apresentamos atestados falsos em nosso trabalho, quando mentimos para nossos cônjuges para acobertar nossas derrapadas, quando não honramos nossos compromissos na praça (e o que tem de crente com o nome sujo é uma vergonha).
Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus. Tiago 4:4
Quem quiser viver uma vida diferente do mundo, encontrará problemas com o sistema mundano, foi Jesus que nos alertou sobre isso (Jo 15:18-19). A única maneira de opor-se ao modo de vida mundano é viver a autêntica vida cristã, permitindo ao Espírito Santo que desenvolva em nós a salvação em seu aspecto presente e progressivo de santificação (Jo 17:17; Hb 12:14). Uma outra arma contra o mundanismo é a fé (1 Jo 5:4); e para darmos apoio à essa consciência moral e vida justa para cumprir a vontade de Deus e ter comunhão com Ele, precisaremos renunciar a nós mesmos (Mt 16:24). E aí chegamos ao ponto em que a maioria dos cristãos desta nação tem dificuldade de por em prática, pois estão sendo doutrinados acerca de um deus atendente das vontades mais ímpias, mundanas e perversas deste tempo. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e fortaleça nossas vidas em Cristo Jesus!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O QUE É VIVER DE ACORDO COM O EVANGELHO DE JESUS?

Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho (Gl 1:6-7a).

O Evangelho não é o que eu acho, mas o que Jesus viveu e ensinou. Não é o que eu desejo, mas é o que eu preciso. Não se conforma muito com as minhas vontades, mas confronta por vezes minhas preferências. Não ignora minha inteligência, mas revela-me o sublime caminho da obediência. Não se preocupa em considerar minhas razões e lógicas, mas a desenvolver minha fé e esperança. Evangelho é o oposto do que penso; é loucura frente à minha ciência. É em muitos casos, totalmente sem explicação aos meus direitos; é dar a face ao agressor mesmo quando estou certo. Parece inconsequente ao ensinar-me a estar contente e grato apenas com o que tenho hoje. O evangelho de Jesus nos encarrega uma grande missão, o que infelizmente tem-se notado como grande omissão. Essas novas de salvação para todo o povo não tem no homem o centro de sua glória – pois essa pertence exclusivamente ao Cristo Redentor.

Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus (1 Co 1:18).

Viver o evangelho é às vezes como compor uma poesia; é como soltar gargalhadas de extenuante alegria; é como levar água ao sedento e em terras áridas regar os rebentos. Entender o evangelho é viver em Cristo e na essência de seu amor. Mas, cumpri-lo é também passar por sofrimentos, é carregar uma cruz, é perdoar algozes, é passar por reveses, é enfrentar cães ferozes e estar no meio de condenados infelizes. Na verdade, o evangelho de Jesus Cristo não me oferece quase nada desta terra. Não me impõe a ser rico de posses, a ser famoso pelo sucesso e a ser importante pelo dinheiro. Não é uma poção poderosa para gerar super crentes ou determinismo aos que tentam colocar Deus contra a parede (como se isso fosse possível). Antes, oferece-me o servir como curso intensivo de seu discipulado e propõe-me a renúncia como disciplina rígida de sua “teologia” prática.

Qual é, pois, a minha recompensa? Apenas esta: que, pregando o evangelho, eu o apresente gratuitamente, não usando, assim, dos meus direitos ao pregá-lo (1 Co 9:18).

O evangelho de Jesus não tem nada de política, não discute moda e nem defende teologismos; não argumenta em favor do desigrejismo ou menos ainda apóia o denominalismo, antes descortina-nos a gloriosa revelação do que é ser igreja, corpo de Cristo na prática diária. Não é extremista em fundamentalismos, nem é liberal em conveniências. Trapaças, interesses, armações e esquemas não fazem parte do perfil de seus reais representantes. No campo da experiência com Deus, do novo nascimento e da autêntica vida cristã, não é o “gospel” que conhecemos atualmente, é aquele sentido e postura do amor de antigamente; daquele primeiro lembra-se? Para os perdidos o evangelho são boas novas, mas para os que se acham santos traz problemas e rechaça em reprimendas. Este evangelho não faz rodeios; não ameniza situações; não se expressa em emoções e nem apóia todas as nossas criações. É um enunciado nada ativista e totalmente pacifista; é uma mensagem carregada de amor, promotora do livre arbítrio e prenunciadora das conseqüências de nossas escolhas.

Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus (2 Ts 1:8).

Ser seguidor dos exemplos e dos ensinos de Jesus, não é uma questão de cabeça, mas de corpo, alma e espírito. Seus mandamentos não são complexos ao entendimento, mas claros à assimilação e objetivos à prática – você não precisa compreendê-lo racionalmente, mas pode experimentá-lo radicalmente – pois é o poder de Deus para todo aquele que crê. Este evangelho (o de Jesus) deve ser levado a todos, mas não é para todos – apenas para os creem. Sua pregação não condena o homem, mas o deixará inescusável diante de Deus. Não é um entre muitos caminhos para a iluminação, pois apresenta somente dois caminhos (estreito e largo), duas expressões (verdade e mentira), dois grupos (salvos e perdidos), dois senhores (Deus e Mamom), dois reinos (Deus e Satanás), dois contrastes (luz e trevas), duas posições (direita e esquerda), dois destinos (céu e inferno) e um único e suficiente salvador: Jesus Cristo!

Meu Deus! É por tudo isso, que considero o quão distante estamos do verdadeiro evangelho!